Crítica: 300 – A Ascensão do Império
Sangue, grandes tomadas, câmera lenta, e abdomens sarados, a continuação de 300 tem tudo isso e ainda a belíssima Eva Green, que por si só já seria motivo mais que suficiente para assistir ao filme.
O filme inicia com a narrativa da rainha Gorgo (Lena Headey) sobre fatos que levaram até a guerra, fatos que vão além do que aconteceu em 300. Com isso, somos apresentados a Themistocles (Sullivan Stapleton), que protege a costa de Atenas. E como antagonista temos Artemisia (Eva Green), que nossa, está absurdamente linda no filme. Nesse cenário se desenrola a narrativa de A Ascensão do Império.
Diferente de seu antecessor A Ascensão do Império tem muitas batalhas a noite, o que deixa o clima parecendo uma partida de vídeo game devido à sensação de que se está vendo uma sequência em animação gráfica e não um filme com atores. As batalhas coreografadas ficaram boas, embora algumas vezes exageradas, mas com a adição do slow-motion e sangue dão o clima que uma continuação de 300 precisava ter.
O filme conta ainda a origem de Xerxes, vivido novamente por Rodrigo Santoro e toda a “exótica” temática persa da série. A atuação de Santoro no papel do Rei Persa chega a ser maior que no primeiro, porém não mostra tudo que ele pode ser em cena.
Ainda do lado persa, não posso deixar de falar e destacar a atuação de Eva Green – desde Cassino Royale tenho prestado atenção nela e cada vez fico mais fã do seu trabalho. Fazendo uma vilã sexy e durona, que por fortes motivos pessoais quer destruir a Grécia, acaba nos conquistando e admito, torci por ela no final do filme.
Quanto ao trabalho de direção, o novato Noam Murro vem para assumir a cadeira que era de Zack Snyder, e segue à risca a formula que o antigo diretor fez. Não que isso seja ruim, quem gosta do primeiro vai curtir muito a sequência.
Enfim, 300 – A Ascensão do Império tem tudo que uma continuação deveria ter, e embora seja um pouco inferior ao anterior, é igualmente divertido. Os abdomens sarados ainda continuam para o delírio da mulherada, e para os marmanjos temos ótimas sequências de lutas e outros bons motivos para ver o filme.
300: Rise of an Empire, EUA, 2014 – 102 min.
Elenco: Sullivan Stapleton, Eva Green, Lena Headey, Rodrigo Santoro
Direção Noam Murro