Resenha: Deadpool
Quando Ryan Reynolds assumiu o personagem no longíquo (e horrível) X-Men Origens – Wolverine, poucos viram casamento tão perfeito entre ator/personagem. Tanto que Reynolds sempre trabalhou e fez de um tudo para levar o Deadpool para os cinemas novamente, até que, finalmente, após um curta para o youtube que fez um baita sucesso, a Fox se rendeu e o deu o sinal verde.
Este curta serviu de base para a primeira sequência de ação do filme, que já conquista o fã das HQ’s do personagem e até mesmo aquele que simplesmente foi por que achou que era mais um filme de super-herói. História aqui simplesmente serve para dar um senso de cadência no filme. Há um início, um meio, uma motivação, um vilão, fim. O que impera e faz valer aqui é o puro nonsense, como se estivéssemos vendo a própria HQ ganhando movimento, com toda aquela estética violenta e o visual (melhor uniforme de um personagem de quadrinhos levado para o cinema até o momento).
Reynolds está com um timing perfeito para os momentos cômicos, crédito aos roteiristas. E o filme se permite inúmeras desculpas para o humor destorcido do personagem. Ninguém escapa das piadas de Pool, nem estúdio, nem franquia, nem hollywood, nem o próprio Reynolds. E é curioso como a Fox aproveitou para indiretamente promover e dar um senso de sequência na sua franquia mutante, com aparições do herói Colossus e da mansão que abriga os heróis mutantes, ambos (e mais um pouco) alvo de piadas do mercenário tagarela.
A ação do filme não fica atrás, sempre em ritmo frenético, mas tudo com a estética de zoação característica de Deadpool, que tem tudo para passar a ser usado em futuros filmes mutantes (claro, se a Fox voltar a fazer filmes na cronologia normal, e não no passado como o próximo, X-Men: APocalipse). Claro, se todos aturarem o humor ácido de Pool.