Crítica: O Voo
Filmes baseados em histórias reais não costumam me chamar a atenção, mas acreditem O Voo (Flight) vai te prender, pois a historia de Whip Whitaker realmente vale a pena ser contada.
Whip (Denzel Washington) vive o estilo “Vida Loca”: muita bebida, drogas e mulheres. Vivendo entre as escalas cada vez mais apertadas e sob a pressão de um divórcio, bem, não é difícil imaginar que essa combinação não iria dar certo. Depois de uma manobra que salva dezenas de pessoas durante um voo que estava se encaminhando para uma tragédia, mas que resulta na morte de seis pessoas, Whip é exaltado como herói nacional pela mídia. Mas um exame de sangue mostra vestígios de cocaína e álcool, usados horas antes do acidente. Com isso, temos um homem que mente pra si há tanto tempo que não consegue mas viver uma vida real.
Um dos pontos forte de O Voo é o modo como a trama é contada, deixando os espectadores num grau de tensão e suspense em tudo que rodeia o personagem de Denzel, seja no momento dentro de um tribunal ou quando ele fica sentado sozinho no sofá bebendo. Nesses momentos é que a boa atuação de Washington, indicado ao Oscar pelo papel, aparece. Sem esquecer de Don Cheadle, Kelly Reilly e John Goodman (que está ótimo como traficante/melhor amigo/resolve tudo).
E aí, vale o ingresso? Bem, O Voo é um ótimo filme pra quem procura uma história sobre reabilitação e volta por cima. E claro, Denzel é sempre uma boa pedida.
Flight, EUA, 2012 – 138mim.
Elenco: Denzel Washington,Don Cheadle, Kelly Reilly e John Goodman.
Direção: Robert Zemeckis