Crítica: Os Suspeitos
O que você faria para recuperar a sua filha, até onde iria…
Essas são algumas das perguntas feitas nesse suspense que, arrisco dizer, um dos melhores filmes do ano.
Temos um pai super protetor e preparado pra tudo, um policial determinado, um jovem com problema e duas crianças desaparecidas. Tudo isso sob o comando de Denis Villeneuve, o diretor de Incêndios.
O enredo a principio parece ser simples: duas meninas desaparecem, os pais ficam preocupados e um detetive determinado a achá-las, nada muito original se não fosse o modo que os personagens são conduzidos, as reviravoltas durante o filme e todas as questões levantadas no longa como tortura, pedofilia, fé e outros.
Temos Keller Dover (Hugh Jackman), um pai que está sempre preparado para garantir a segurança da sua família, e que durante um jantar tem a sua filha sequestrada e faz de tudo para recuperá-la, até mesmo torturar um suspeito. Onde temos uns dos principais conflitos do filme, onde a fé de Keller é testada, todas as vezes que ele reza pedindo perdão, marcam bem o drama pelo qual está passando.
Na busca pelas meninas, temos o Detetive Loki (Jake Gyllenhaal), que tenta de todas as formas localizar as meninas desaparecidas e com o desenrolar, o desespero de não conseguir concluir o seu trabalho e a cada pista, vemos as suas esperanças se renovarem e se esvair no decorrer do filme.
Ao final de Os Suspeitos, algumas pontas ficam soltas e mal aproveitadas, mas nada que comprometa o filme. Aproveite as 2h 30min, principalmente a fotografia e as cenas, e uma dica: fiquem de olhos abertos aos detalhes. Aproveitem e curtam um bom filme.
Prisoners, EUA, 2013 – 150 min.
Elenco: Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal, Viola Davis
Direção: Denis Villeneuve