Resenha: Unbreakable Kimmy Schmidt
Se tem uma coisa que a Netflix tá mandando muito bem são suas séries originais. Cada vez mais o serviço de streaming está se fortalecendo com produções arrojadas, e por se tratar de um canal não convencional, criadores veem nisso oportunidades para exibir seus produtos sem as restrições que possivelmente teriam em uma emissora normal. E um desses casos é a nova série de Tina Fey, a hilária comédia Unbreakable Kimmy Schmidt.
Na série, Kimmy Schmidt (Ellie Kemper) deixa uma seita que crê que o juízo final está se aproximando, na qual ela viveu por quinze anos e agora decide seguir sua vida em um mundo do qual não sabe mais nada. Para isso, ela resolve não voltar para sua casa, em Indiana, e fica em Nova York, onde vai viver a sua nova vida ao lado do novo colega de apartamento, o sarcástico Titus (Tituss Burgess), a velha louca Lilian (Carol Kane) e sua excêntrica chefe Jacqueline (Jane Krakowski).
O charme da série está de cara nos diálogos rápidos, nas piadas cruas e sinceridade exacerbada, com referências inteligentes, típicas das comédias americanas estilo Modern Family. Não tem como não ser cativado pela inocência de Kimmy a assuntos que são corriqueiros pra nós, como uma tirar uma selfie, confundir um celular com um Game Boy, e toda a crítica social embutida nas piadas raciais e referências à cultura pop. Os personagens coadjuvantes são igualmente hilários e a série é recheada de participações especiais da patotinha de amigos da Tina Fey, como Bill Hader, Jon Hamm (Mad Man) e a própria Fey no arco do final da temporada.
A primeira temporada tem apenas 13 episódios, mas são extremamente divertidos e com um arco bem redondinho, com todo o drama da personagem sendo resolvido e novos ganchos deixados para uma próxima temporada, que tomara que não demore porque queremos ver mais aventuras dessa simpática “idiotinha”.