Crítica: Golpe Duplo
Will Smith vem tido o que podemos chamar de maré de azar. Depois do mal sucedido Depois da Terra, o ator não conseguiu emplacar nada que justificasse o talento do ator de passamos a gostar de filmes como Sete Vidas e aventuras como Eu, Robô. E Golpe Duplo (Focus) talvez não seja esse retorno.
Aqui Smith é Nicky, um charmoso e veterano vigarista que durante um de seus trabalhos conhece Jess (Margot Robbie), uma linda mulher que tenta lhe aplicar um golpe. Como marcou uma boa impressão, Nicky toma Jess como aprendiz e a ensina tudo sobre os esquemas. Mas depois de um último trabalho, ele a abandona. Passados três anos, Nicky reencontra Jess enquanto executa um trabalho para um milionário (Rodrigo Santoro) e todos os sentimentos que ele achava que haviam sumido voltam com força total, e o confundem enquanto trabalha na armação.
Golpe Duplo parece uma grande “DR”. Durante os seus 105 minutos, mais do que os truques e armações da gangue, vemos somente o intenso relacionamento de Nicky e Jess, o que fez crescer a atenção por esse filme devido ao envolvimento de Robbie e Smith na adaptação do Esquadrão Suicida. O filme tem sequências legais, como a do jogo de futebol, mas falha se você esperava algo do tipo “Onze homens e um Segredo”. Particularmente não entendi o por que da menção de Rodrigo Santoro no poster. Eu gosto muito do trabalho seu trabalho, mas aqui ele não disse a que veio, sua interpretação bastante básica. Ele ali e qualquer outro não faria a menor diferença.
Com boas sequências e diálogos divertidos, mas no geral bastante genérico, e com algumas reviravoltas desnecessárias, Golpe Duplo é um filme que cumpre o seu papel mas não acrescenta em nada ao currículo de Smith, sendo apenas mais um bom filme na carreira do ator.
Focus, EUA, 2015 – 105 min.
Elenco: Will Smith, Margot Robbie, Rodrigo Santoro, Adrian Martinez, Gerald McRaney, BD Wong.
Direção: Glen Ficarra & John Requa.