Resenha: Capitão América – O Primeiro Vingador
Capitão América era o projeto mais arriscado do Marvel Studios em seu ainda jovem universo cinematográfico, mas se fazia necessário diante do futuro “mega-evento” Os Vingadores. Era preciso superar as dificuldades de se vender um personagem que é puro patriotismo norte-americano fora de sua terra natal (onde Hollywood tem faturado bastante). Mas isso não parecia ser o suficiente. O pessoal da Marvel pensou: por que não dificultar as coisas também com os fãs do herói? Vamos contratar o canastrão do Chris Evans para o papel principal! Assim, o filme tinha tudo para dar errado. Mas não deu.
Capitão América – O Primeiro Vingador é um filme divertido, cheio de cenas de ação, romance e com algumas piadas bem colocadas, seguindo a fórmula Marvel Studios de se fazer cinema. O climão de Segunda Guerra Mundial, com ajuda da fotografia e da reconstituição de época, dá um toque especial à trama, lembrando (sem querer fazer comparações em termos de qualidade) os clássicos filmes de Indiana Jones.
E é preciso adimitir que Chris Evans conseguiu se superar no papel. Mesmo não tendo a presença de Robert Downey Jr. (Homem de Ferro), com quem vai contracenar futuramente em Os Vingadores, Evans deixa a canastrice de lado, mostrando um Capitão América convincente em certos pontos e seu alter-ego Steve Rogers como uma figura simpática e espontânea. Além disso, a química entre ele e a agente Peggy Carter (Hayley Atwell), o interesse amoroso do Capitão, funciona muito bem e de forma natural (não é forçada como a relação do casal de Thor). Falando nisso, a personagem de Hayley Atwell é a “mocinha” mais interessante dos filmes da Marvel (que me desculpem os fãs da Natalie Portman).
Mas nem tudo são flores. Os pontos fracos do filme ficam por conta da edição de algumas cenas, seja por opção do diretor Joe Johnston ou por causa de um buraco no roteiro, que fazem o espectador se sentir um pouco perdido e se perguntar: peraí, de onde surgiram essas motos?
No fim, Capitão América – O Primeiro Vingador é um bom filme, mesmo que não tenha nada de surpreendente, vale a pena assistir pela diversão. Após os créditos, você pode conferir o primeiro trailer de Os Vingadores, por isso, fique na sala até o final!
*E para quem curte assistir aos filmes em 3D, o uso da tecnologia não traz grandes diferenças ao longa.