Resenha: Jogos Mortais – Jigsaw
Em 2004 James Wan nos trazia um filme que impressionou muita gente com o surpreendente nível de sadismo e suspense psicológico. E ainda apresentava ao público um novo serial killer nos cinemas: o assassino Jigsaw (Tobin Bell) que, com seus perversos jogos e desafios, caiu no gosto popular. E como toda a boa franquia, o segredo para as sequências é sempre fazer mais. Mas, em seu oitavo filme, Jogos Mortais olha pra trás para tentar renascer.
Embora o assassino Jigsaw esteja morto, isso não impediu que seus seguidores ainda perpetuem o seu legado. E quando um novo grupo de pessoas aparentemente sem ligação é posto às terríveis provas, e corpos aparecendo por toda a cidade, a investigação da polícia sempre aponta para o assassino original. Então, estaria mesmo Jigsaw morto?
Infelizmente a falta de originalidade acaba com esse filme. Desde a premissa, reciclada dos próprios filmes anteriores, até as mortes e desafios pouco inspirados, tirando o enfrentado por Mitch. Até a espinha dorsal do filme tende a se repetir: enquanto ele tenta nos aterrorizar com as vitimas sendo torturadas em seus desafios, seguimos a investigação policial e o filme vai nos guiando à desconfiar de cada um dos personagens. Estariam eles envolvidos de fato? O problema é que os personagens são fracos e caricatos, o policial corrupto, o legista e sua estagiária fã de Jigsaw…nada que, com um pouco de atenção, não dê pra ser desvendado antes da revelação.
Até mesmo o argumento com o que o filme é vendido, “Jigsaw me salvou”, cai por terra pois pra mim me parecia que surgiria uma espécie de culto onde eles perpetrariam seu legado daqui pra frente. E esse argumento está lá, mas achei que segue apenas como uma espécie de desculpa perfeita para que se tenham mais e mais sequências. Mesmo com uma virada legal no último arco a franquia Jogos Mortais, se pretende continuar viva, necessita de um novo gás.