Resenha: O Exorcismo

Resenha: O Exorcismo

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Quando “O Exorcismo (The Exorcism)” teve o seu primeiro trailer divulgado, duas coisas vieram à minha cabeça: esse filme seria uma sequência do péssimo “O Exorcista do Papa”? (muito por também ter Russell Crowe estrelando a fita), pergunta essa que logo foi respondida ao assistir a prévia de 2 minutos e poucos. Para o meu alívio, não era.

A segunda foi “O que está acontecendo com o Russell Crowe para embarcar tão rapidamente em dois projetos com basicamente o mesmo tema?” A única diferença é que em O Exorcista do Papa ele era um padre, e aqui ele apenas finge ser um. De qualquer forma, me peguei pensando se haveria alguma explicação mais profunda do que “foi pela grana”.

Independente da razão, infelizmente não foi aqui que o ator de outrora grandes papéis do cinema, pôde mostrar toda a sua capacidade.

Em “O Exorcismo”, Crowe nos apresenta à Anthony Miller, ator que após passar pela trágica perda da esposa passa anos lidando com problemas relacionados à drogas e alcoolismo. Agora, Miller quer dar a volta por cima, ficar sóbril, retomar a carreira no cinema e melhorar a relação com a filha, Lee (Ryan Simpkins), que, por também ter um comportamento problemático, acaba acompanhando o pai no set de filmagem.

Mas, durante as filmagens de um filme de terror de possessão demoníaca Miller começa a apresentar um comportamento cada vez mais esquisito e agressivo. Aos poucos, Lee vai cada vez mais suspeitando de que não se trata de uma recaída mas sim de que algo sobrenatural está influenciando o comportamento do pai e pede ajuda ao padre Conor (David Hyde Pearce) e à Blake Holloway (Chloe Bailey), uma atriz do filme com quem Lee começa a se relacionar.

Ao assistir os 94 minutos da película, fiquei com a impressão de que o diretor Joshua John Miller tentou fazer algo em cima das lendas urbanas (alguns casos muito reais) de misteriosas mortes de profissionais de cinema em estúdios durante a produção de filmes, especialmente os de terror. Já que cada vez mais mortes, e toda a sequência final, se passam nos sets de filmagens.

O longa também traz uma combinação de elementos psicológicos e trazer uma atmosfera de horror, ao mesmo tempo em que trabalha com temas como fé e perdão com os rápidos diálogos entre pai e filha para explicar a conexão entre ambos, mas tudo acaba muito canhestro e superficial. Além de queimar talentos sem a menor necessidade, como Sam Worthington e Samantha Mathis. Essa aparece apenas para duas cenas no filme.

Por fim, “O Exorcismo” não aproveita a potência de Crowe e nem dos temas que se destina a trabalhar. É apenas ruim, e pronto.

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