Resenha: Sherlock Holmes – O Jogo de Sombras
O detetive britânico Sherlock Holmes está de volta nesta sequência, que mantém a mesma fórmula, mas está longe de ser uma repetição do primeiro filme. Sem dúvida, O Jogo de Sombras supera (positivamente) o anterior em todos os aspectos.
A trama do longa tem alguns traços do que se vê no livro O Problema Final, em que Sherlock Holmes (Robert Downey Jr.), acompanhado de seu fiel parceiro Watson (Jude Law), fica frente a frente com seu arqui-inimigo, o Professor James Moriarty (Jared Harris), depois que o detetive desconfia que o vilão está por trás de vários atos aparentemente desconexos, que podem levar a uma guerra mundial.
A dupla Robert Downey Jr. (Sherlock) e Jude Law (Watson) está mais entrosada nesse segundo filme. A união do humor ácido de Downey Jr. e da boa atuação de Law faz com que a química entre seus personagens pareça cada vez mais natural, o que só vem a colaborar com o filme. De novidades, Jared Harris faz um excelente trabalho como Moriarty e Stephen Fry como o excêntrico Mycroft Holmes, que rende algumas boas risadas. Já Noomi Rapace atua bem e faz o que pode com seu papel da cigana Simza, longe de ser uma personagem tão interessante quanto Irene Adler (Rachel McAdams) foi no filme anterior.
Na direção, Guy Ritchie parece estar mais à vontade com o personagem e talvez por isso, tenha arriscado mais nesse segundo filme, colocando mais tempero em sua velha fórmula de ação e humor. O Jogo de Sombras tem um ritmo frenético, do começo ao fim, graças às frequentes sequências de ação cheias de lutas bem coreografadas, explosões e tiros em slow-motion. O humor também está mais presente do que no longa anterior, e as piadas, mesmo que não sejam de cair na gargalhada, rendem boas risadas.
Enfim, se você quer se divertir com um filme que em nenhum momento nega ser um blockbuster, mas que está acima da média, Sherlock Holmes – O Jogo de Sombras é a pedida certa. Agora, se você quiser algo que te faça pensar, procure o detetive nas páginas de um livro de Sir Arthur Conan Doyle.