Primeiras Impressões: Alcatraz

Primeiras Impressões: Alcatraz

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Finalmente a tão aguardada Alcatraz, nova série de J.J. Abrams  (criador de Lost e Fringe), estreia na TV brasileira (mesmo que seja só na TV fechada, mas já é melhor do que nada). Estava muito curioso pra assistir essa nova empreitada de Abrams – gosto muito do trabalho do cara – e depois da sua estreia com uma audiência de mais de 10 milhões de telespectadores, criei uma expectativa bem legal pra ver a première da Warner. Antes de começar a dizer o que achei, vou logo avisando de que o texto a seguir vai ter um pouco de SPOILER sobre o que acontece nos dois primeiros episódios, então se você prefere não saber muito, pule o próximo parágrafo. Pra resumir, sinceramente não sei se a série vai vingar.

Logo na primeira sequência, o mistério já nos é mostrado, pois na noite de 21 de março de 1963 dois guardas que chegavam de fora encontram “A Rocha”, que tinha 302 prisioneiros em suas celas, completamente vazia. Depois disso, voltamos aos dias atuais, onde agora a prisão se tornou um famoso ponto turístico de São Francisco. Um homem acorda dentro de uma das celas, parece um tanto desnorteado, mas logo se recobra e sai da ilha. E então nos são apresentados os personagens principais, começando pela detetive gostosa Rebecca Madsen (Sarah Jones), que ainda não se recuperou direito da morte de seu parceiro durante uma perseguição. Ao assumir um novo caso onde as digitais de um dos antigos prisioneiros de Alcatraz aparece na cena do crime, Rebecca pede ajuda ao seu tio (Robert Forster), um ex-carcereiro da Rocha, e a um estudioso que escreveu 4 livros sobre a ilha, o Dr. Diego Soto (Jorge Garcia, o Hugo de Lost). Suas investigações acabam chamando a atenção do agente Emerson Hauser (Sam Neill, passados muito anos depois de Jurassic Park) e Rebecca e o Dr. Soto são incluídos em sua Força-tarefa que investiga a causa do desaparecimento dos prisioneiros e guardas de Alcatraz na fatídica noite e como e por que eles estão reaparecendo agora com aparentes “missões” a serem realizadas.

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Bem, como já deu pra perceber, a cada episódio dos 13 dessa primeira temporada, a série vai mostrar Rebecca e o Dr. Soto correndo atrás desses criminosos que estão reaparecendo e, no estilo de Lost, criando várias perguntas e aumentando o mistério na história. E eu, involuntariamente, vou acabar comparando Alcatraz a Lost, até pelas suas semelhanças: ambas se tratam de mistérios numa ilha e se utilizam do passado pra tentar a situação que é apresentada, mas não senti o charme de Lost em Alcatraz. Me pareceu que, embora a criação do mistério seja legal, não vai ser suficiente pra sustentar uma temporada (tomara que mais pra frente ela dê uma boa guinada na história). Os personagens são legais, em especial o Dr. Soto. Jorge Garcia volta como o alívio cômico, mas aqui ele é mais sério e bastante convincente em mostrar que não sabe qual é o seu lugar nessa busca e que caiu totalmente de paraquedas nesse bolo doido.

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Embora eu não tenha sentido tanta firmeza assim na estreia de Alcatraz, eu espero por uma guinada na história e que ela consiga ser mais clara e objetiva do que Lost (ela já é mais simples do que Fringe, então já é um começo). A série já enfrenta problemas em seus bastidores, como o recente afastamento da criadora Elizabeth Sarnoff pelas famosas “diferenças criativas”, o que já acabou alterando até o rumo da trama. Vou continuar assistindo, mas não vou ficar surpreso se ela não durar muito.

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