Glauber Rocha e seu modo de fazer cinema viram livro
Grande nome do cinema brasileiro, processo criativo do diretor vira livro
Um dos maiores nomes do chamado Cinema Novo terá sua obra e processo criativo analisado em livro, que será lançado este mês no Brasil.
O que de fato se passava na cabeça do artista e seus métodos são os temas de “Glauber Rocha: Cinema, Estética e Revolução”, de Humberto Pereira da Silva, editado pela Paco Editorial. Professor e crítico há quase 20 anos, o autor pesquisa o cinema nacional e suas relações com a produção artística brasileira, e dedicou sete meses à memoria e legado de Glauber, inclusive coletando informações com a mãe e a filha do diretor, Dona Lucia e Paloma Rocha.
O autor explicou sobre como abordou o cineasta:
“Por elas [Dona Lucia e Paloma Rocha], pude colher informações importantes sobre pontos obscuros da vida de Glauber, principalmente do período em que ele esteve no exílio, durante a Ditadura Militar” (…) “Não é uma biografia. É um livro introdutório, com linguagem direta, sobre a trajetória artística e de ativista cultural de Glauber Rocha (falecido há 35 anos), dando elementos para que se conheça seu processo criativo em conjunto com suas posições políticas. É tratada também a recepção de seus filmes, desde a época do Cinema Novo até o derradeiro, ‘A Idade da Terra’, que gerou enorme polêmica no Festival de Veneza”
“Uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. A célebre frase atribuída ao diretor, nascido em 1939, muita gente conhece. Glauber Rocha teve grande integração com a história do cinema brasileiro, que o viu ativo entre 1957 e 1981 com filmes como “Deus e o diabo na terra do Sol” (1963), “Antônio das Mortes” (1968) e “Terra em Transe (1967)”. Morto em 1981, Rocha foi por diversas vezes premiado em festivais internacionais.
O livro tem data de lançamento: 22 de junho, na Livraria da Vila, em São Paulo/SP. Quem interessar-se pelo livro pode comprá-lo pela loja da Paco Editorial.