Relembrando: A Trilogia Bourne
Amanhã chega aos nossos cinemas O Legado Bourne, o quarto capítulo da franquia, que vai contar uma nova história dentro do mundo de conspiração baseado nos livros de Robert Ludlum. Mas pra você não ir perdidinho pro cinema, se perguntando coisas do tipo “Quem é Jason Bourne?” ou “Que diabos é Treadstone?”, resolvemos relembrar como chegamos até aqui. Acredite, é um rolo muito doido, mas aos pouquinhos vamos te explicar tudo.
A Identidade
Somos apresentados ao homem desmemoriado que mais tarde viria a descobrir que seu nome é Jason Bourne (Matt Damon) e que possui habilidades um tanto especiais (e maneiríssimas). Bourne descobre que era um agente do Treadstone, um programa de assassinos da CIA que é comandado por Alexander Conklin (Chris Cooper) e que tinha a missão de matar um diplomata, porém acabou desmemoriado no mar mediterrâneo. Agora com o diplomata gritando aos 4 ventos que a CIA tentou matá-lo, só resta uma opção: eliminar as pontas soltas, ou seja, Jason Bourne. Com a ajuda de Marie Kreutz (Franka Potente), Bourne foge dos assassinos que a Treadstone colocou em seu encalço. Após enfrentar e matar o Professor (Clive Owen) manda Marie desaparecer e vai atrás de Conklin. Depois de mais uma falha em matar Bourne, Ward Abott (Brian Cox), chefe do Conkllin, o elimina e fecha definitivamente o Treadstone para iniciar um novo programa, o Blackbriar. Bourne encontra Marie nas Ilhas Gregas e ficam juntinhos e felizes numa vida pacata. Mas aquilo estava para mudar.
Esse primeiro filme foi dirigido por Doug Liman (Sr. e Sra. Smith), que manda muito bem nas cenas de ação com adrenalina sem deixar o conteúdo da história de lado, e o elenco, tanto o principal quanto os secundários, tornam o filme mais interessante ainda. E ainda torna Matt Damon um novo herói de ação. Um excelente começo para o agente desmemoriado.
A Supremacia
Agora Liman deixa a cadeira de diretor, passando a vez para Paul Greengrass, que deu um ritmo mais urbano e frenético à fotografia do filme, com sua “câmera na mão”. E os filmes passam a ter um tom mais dramático do que a aventura de espião que foi o filme anterior.
Bourne ainda não se lembra sua identidade verdadeira, de fato não se lembra de muita coisa, mas está levando sua vida quietinho e escondido junto com Marie na Índia. Mas acaba sendo forçado a voltar à ação quando uma investigação da CIA na Alemanha liderada por Pamela Landy (Joan Allen) acaba com dois de seus agentes mortos e suas digitais na cena do crime. Após ver Marie sendo assassinada acidentalmente, Bourne acha que é responsabilidade da CIA e decide ir atrás deles de uma vez por todas.
Mas Bourne descobre que nada tinha a ver com a CIA e que o Treadstone havia sido encerrado, mas mesmo assim se lembrou da sua primeira missão, o assassinato do parlamentar russo Vladimir Neski que iria entregar dados comprometedores à CIA. E ainda expôs Abott e o seu plano de embolsar milhões e jogar a culpa de tudo num fantasma, e se mata em vergonha. No final do filme, Bourne encontra a filha de Neski e lhe pede perdão. Mas sua vingança ainda está longe de acabar.
O Ultimato
Dando continuidade aos eventos do filme anterior, Bourne descobre que o jornalista inglês Simon Ross (Paddy Considine) está expondo o novo programa da CIA, o BlackBriar e se encontra perigosamente perto da verdade, tendo a CIA decidido acabar com a vida do repórter e a de Bourne, se ele vir a aparecer. Bourne decide ajudar Ross e aproveitar para descobrir sua verdadeira identidade e o responsável por recrutá-lo para o Treadstone.
Bourne agora tem novos “vilões”, como o responsável pelo programa BlackBriar Noah Vosen (David Strathairn) e toda a corja da CIA que quer manter a verdade em “panos quentes”, mas também tem novas aliadas como Nicky Parsons (Julia Stiles) e Pamela Landy.
Apesar de serem histórias bem fechadas não se engane: A Supremacia e o O Ultimato precisam e devem ser vistos como um filme só, porque suas histórias se completam. O Ultimato se passa entre as duas cenas finais de A Supremacia, depois da conversa de Bourne com a filha de Neski e antes da conversa entre Bourne e Landy no telefone.
No final Borne confronta o responsável por monitorar o comportamento dos agentes, Dr. Albert Hirsch (Albert Finney), que lhe revela sua real identidade, David Webb, e completa os seus objetivos, mas nem por isso deixa de se tornar um alvo e forja a sua morte, talvez achando que seja o único modo de ser deixado em paz, e ainda está por aí, escondido ou talvez esperando um novo momento para aparecer.