Cinco anos depois, Christopher Nolan fala sobre final de “A Origem”
Questão sobre o filme é abordada pelo seu criador
Alerta: Esta matéria tem revelações leves sobre o enredo do filme. Se você não viu, continue por sua conta e risco.
Desde que foi produzido em 2010, “A Origem” (“Inception”) fascina e coloca o espectador imerso em sua trama de sonhos e realidade. E não dificilmente, uma pergunta circula entre os que o viram: Ao final do filme, Cobb (interpretado por Leonardo DiCaprio) acordou ou tudo aquilo foi uma ilusão? Ou simplesmente: O pino caiu?
A redação do CineTop também tem seus próprios argumentos para o final da ficção. Mas o que próprio diretor diz a respeito?
Em uma reportagem ao Hollywood Reporter, o cineasta Christopher Nolan (também responsável por “Batman, O Cavaleiro das Trevas” e “Interestellar”) falou, cinco anos depois, sobre o final aberto do filme.
“Ele (Cobb) não se importa mais, e faz uma constatação: Talvez, todos os níveis de realidade sejam válidos. A câmera se move para o pião somente quando parece balançar, e acontece o corte para a (tela) preta. (…) A questão sobre ser sonho ou não é a que fui perguntado mais do que qualquer outro filme que tenha feito. Importa para as pessoas porque esse é o ponto sobre realidade: Realidade importa”.
Ficou confuso? Vamos (tentar) explicar:
No momento em que Cobb (DiCaprio) acorda do sonho, sua missão e negociação com Saito (Ken Watanabe) já foi fechada e cumprida. Logo, aquilo não é mais importante para ele, e por isso o totem é largado sobre a mesa sem questionar mais – coisa que fazia durante o filme, evitando de olhar para os seus filhos quando Mal (Marion Cotillard) sugeria. Mas esta foi uma opção do personagem – não necessariamente sendo a “realidade”. Quem questiona em que “plano” os personagens estão e o que é real é o espectador – Cobb deixou de questionar, sendo ou não aquilo.
Moral da história: Não é a realidade, mas porque as pessoas a questionam.
(Esta matéria foi inspirada na original de Nick Romano do Cinemablend).