Cinetop TOPS: 3 mulheres tão/mais importantes que os protagonistas de seus filmes
Este post não é uma homenagem ao Dia da Mulher. É apenas uma constatação 🙂 .
Existem centenas de filmes que vemos ano após ano, mas alguns deles prenderam mais a nossa atenção por causa delas que deles. Aparentemente, seriam personagens coadjuvantes e que ao assistir o filme você nota: “Peraí, o filme é dela!”.
Não é uma exclusividade do sexo feminino, mas vêm delas alguns dos casos mais notórios e felizes de lembrar.
Adrian
(Rocky III – 1982)
Além de ser um os filmes mais amados que se tem notícia (inclusive pela equipe), há se de notar que todo amor de Rocky Balboa por Adrian (Talia Shire) faz muitas das cenas da saga do campeão.
Mas… e aí? Porque em Rocky III isso se sobressai? A resposta vem da atitude de Adrian com o marido: Enquanto nos dois primeiros filmes ela é importante, mas não mais que uma coadjuvante querida, em Rocky III (1982) a virada definitiva do icônico boxeador só acontece após intervenção dela, quando mesmo com o treinamento de Apollo Creed (Carl Weathers), Rocky (Sylvester Stallone) continuava desmotivado e abatido. É quando a história transforma a passiva Adrian em uma mulher com posição definida e discurso certeiro que o campeão reencontra a coragem.
Gerda Wegener
(A Garota Dinamarquesa – 2015/2016)
À época, o filme foi vendido e anunciado fortemente com o nome de Eddie Redmayne (que vinha de uma grande participação em “A Teoria de Tudo”). “A Garota Dinamarquesa” cerca a vida de Einar Wegener, a primeira pessoa a se submeter às cirurgias de troca de sexo e sua caminhada pra se assumir como Lili Abe.
Mas para além da história de Einar, quem ganha mais o coração do público é a esposa Gerda, vivida por Alicia Vikander (que estará em “Tomb Raider”). Por causa de sua atuação como a esposa compreensiva e que ajuda o marido mesmo sem aceitar de todo, “A Garota Dinamarquesa” se torna um filme dela e dos perrengues que ela passa durante a nova fase com seu companheiro. Não à toa, ela concorreu e ganhou merecidamente um Oscar de atriz coadjuvante no ano seguinte, 2016.
Nakia, Shuri e Okoye
(Pantera Negra – 2018)
Se o filme já é apaixonante por si só, muito se deve às atuações das mulheres da nação fictícia de Wakanda. Os heróis e vilões de Chadwick Boseman e Michael B. Jordan já são louváveis com suas visões de mundo distintas, mas são as personagens femininas de “Pantera Negra” que fazem do filme da Marvel muito mais que uma adaptação de HQ. A espiã Nakia (Lupita Nyong’O) é o suporte moral do novo rei T’Challa, a especialista em tecnologia Shuri (Letitia Wright) quebra a tensão do filme com ironia e sendo a escudeira de seu irmão e a general Okoye (Danai Gurira) traz o real sentido de fidelidade e patriotismo, para o filme e além dele. A consolidação do herói traz muito das visões destas três mulheres, e as discussões delas mesmas fazem seus personagens tão vitais quanto os deles.