Especial: Dia das Bruxas
Hoje, dia 31 de outubro, os gringos comemoram o Dia das Bruxas, data que, convenhamos, não quer dizer muita coisa pra nós “Brasileños”, mas o cinema de vez em quando resolve investir nessa área. Então, nada mais justo que façamos uma coletânea de Abracadabra, caldeirões, narizes grandes, chapéus pontudos, asas de morcegos e outras receitas nojentas que dão água na boca.
As Bruxas de Salem (The Crucible, 1996):
Que isso, não tem como falar de Bruxas em filmes e não se lembrar de As Bruxas de Salem, com um Daniel Day-Lewis ainda no clima de O Último dos Moicanos e uma Wynona Ryder ainda no clima de sucesso e sem neurose de roubar lojas. Na fita, que foi indicada ao Oscar por Melhor Roteiro Adaptado e Atriz Coadjuvante (Joan Allen), mulheres são acusadas de bruxaria na Salem do fim do século XVII, o que mobiliza a cidade. Em pouco tempo, os dedos estão sendo apontados para todos os lados, mesmo sem motivo aparente. Para tentar controlar esse caos, surge a figura de um inquisidor, e os casos vão a julgamento. O filme tem um clima bem dark com toda essa paranóia tomando conta da cidade. Muito Show.
As Bruxas de Eastiwick (The Witches of Eastwick, 1987):
Saímos do drama/terror para o lado cômico da coisa. Aqui, Alex (Cher), Jane (Susan Sarandon) e Sukie (Michelle Pfeiffer) passam suas noites reclamando por não ter nenhum homem interessante e sonham com o Homem ideal na pequena cidade de Eastwick, até a chegada do misterioso Daryl Van Horne (Jack Nicholson) que coincidentemente se encaixa nesse perfil de Homem Ideal das três mulheres. E Nicholson, nessa época, usava e abusava de seu charme, realçando todo o mistério que rodeia seu personagem. E Pfeiffer ainda tinha aquele Sex Appeal que fez dela a Mulher-Gato ideal, muito bom pra relembrar essa época de comédias com uma pitada sobrenatural.
Da Magia à Sedução (Practical Magic, 1998):
Embora pra mim seja o mais fraquinho da lista, vale a conferida. Mas sou suspeito pra falar, tenho uma queda pela Sandra Bullock desde Velocidade Máxima, mas não vem ao caso. Aqui, Bullock e Nicole Kidman são Sally e Gillian Owens, irmãs de uma família amaldiçoada por uma ancestral à nunca mais se apaixonar. E, ao mesmo tempo, são perseguidas na cidade por causa de fatos inexplicáveis que ocorrem quando elas estão por perto ou relacionadas a alguma situação. O filme meio que se perde e depois volta pros trilhos, mas se você tá de bob numa segunda-feira chuvosa até pode ser divertido.
Fantasia (Fantasia, 1973):
E quem disse que os Bruxos não se aventuram pelo terreno da animação? Aqui, em O Aprendiz de Feiticeiro, Mickey tem pressa pra aprender os truques de feiticaria antes da hora e rouba o chapéu mágico de seu mestre Yen-Sid. E aí entra toda a riqueza e poder das animações Disney, com todas aqueles efeitos e a cena do Mickey erguendo a água é de cair o queixo. Excelente e simples como os desenhos Disney costumavam ser.
Abracadabra (Hocus Pocus, 1993):
Unimos aqui no caldeirão três itens dos filmes anteriores: é Disney, é comédia e se passa em Salem. Três bruxas ressucitam após uma garotinha acender uma vela amaldiçoada. E agora cabe a ela, seu irmão e uma namoradinha do irmão resolverem a parada antes que as bruxas peguem a garotinha, consigam vida eterna e dominem a cidade. Esse vale muito cara, é bem leve e engraçado e apresenta todo aquele visual caricato de Bruxa, com narizes enormes e verrugas que mais parecem bolas de gude. E quem reconheceu a Sarah Jessica Parker anos antes de Sex and The City? Por que passou batido por mim.
A Feiticeira (Bewitched, 2005 ):
Bem, antes de tudo vou justificar por que escolhi o filme ao invés da série, são dois motivos simples: Nicole Kidman é muito mais gracinha do que Elizabeth Montgomery e aquele queixo pontudo de Dick York me dava medo. Mas as temáticas são similares: cara normal se apaixona por uma mulher sem saber que essa mulher é na verdade uma feiticeira, e toda a sua família também. O filme fica devendo em relação à série clássica, mas não tem como resistir à Kidman balançando o narizinho a cada feitiço e ao ver o trailer ao som de Every Little Thing She does is Magic, do The Police.
A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project, 1999):
E por último, mas não menos importante, o despretensioso filme-pseudodocumentário que virou cult nos EUA devido a possível veracidade da fita. Três estudantes se perdem na floresta de Burkittsville gravando um documentário sobre a Bruxa de Blair, e então sinistros acontecimentos começam a ocorrer. Embora não seja o óbvio “filme de Bruxa” como os citados acima, vale a pena a conferida devido a todo o mistério e as dúvidas sobre a veracidade ou boataria sobre a Bruxa.
Jovens Bruxas (The Craft, 1996):
Este surgiu quando começou a época do terror adolescente. Uma jovem (Robin Tunney) se muda Los Angeles e começa vida nova, se junta a três garotas e começam a praticar ocultismo e magia, o que lhes dá fama de bruxas na escola. Mas quando desencadeiam um poder que foge ao seu controle, começam a gerar trágicas consequências. Vale a pena pra ver Neve Campbell e a eterna cara de “Sidney” dela.
Elvira – A Rainha das Trevas (Elvira – Mistress of the Dark, 1988):
Quem não lembra de Elvira e seus… atributos mágicos (se eram mágicos eu não sei, mas que eram generosos eram…)? Também, impossível não lembrar, o filme é um dos mais reprisados na TV (coff…sessão da tarde, coff…). Bem, o filme é de uma cretinice só, mas envolve todo esse mundo das Bruxas e coisa e tal. Elvira herda de sua tia uma casa e um “livro de receitas”, sem saber que é um poderoso livro que um tio seu deseja muito, para ter poder absoluto.
Convenção das Bruxas (The Witches, 1990)
Quem não se lembra das bruxas carecas desse clássico do cinema em casa? Se levar em conta que o filme foi feito pra crianças, essas bruxas eram bem assustadoras. A história mostrava um garoto chegando com a avó em um hotel na Inglaterra, onde está havendo uma convenção de bruxas, lideradas por Anjelica Huston, que planejam transformar todas as crianças do mundo em ratos.
Charmed (1998 – 2006):
Bem, se toda regra tem uma exceção, vou abrir uma agora. Falei que ia citar somente filmes, mas quando lembrei, não pude deixar de citar a série das irmãs Halliwell: Prue (Shannon Doherty), Piper (Holie Marie Combs) e Phoebe (Alyssa Milano, a mais gata pra mim) e, depois da morte (leia-se demissão) de Prue no fim da terceira temporada, surge Paige (Rose McGowan, que é a que está na direita na foto). Era uma série bem legal e tinha um ritmo interessante, vale a lembrança. E quem lembra da participação de Kaley Couco (a Penny de The Big Bang Theory) na última temporada, hein? Hein?
É isso aí gente bonita, podem vir assustando ou nos divertindo, as Bruxas fazem mais do que parte da cultura americana (não querendo fazer propaganda da cultura dos outros, é claro) e sempre resultam em excelentes materiais para entretenimento. Espero que vocês tenham curtido a singela lista e fiquem à vontade para criticar ou acrescentar algum filme que eu tenha esquecido. Abraços