Crítica: A Escolha Perfeita

Crítica: A Escolha Perfeita

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Comédias que giram em torno do mundo da música estão sumidas das telonas há um tempo… e preste atenção, pois não me refiro a Hairspray e Mamma Mia!, pois estes são puramente musicais. Falo mais de filmes como o “clássico da Sessão da Tarde” Mudança de Hábito, com uma Whoopi Goldberg com seu jeito hilário ajudando as freiras a cantarem num convento. E, venhamos e convenhamos, Glee já tá aí por 4 anos, alguém já devia ter percebido que esse tipo de gênero pode novamente render um filme, e A Escolha Perfeita (Pitch Perfect) vem pra preencher este espaço. A pergunta que fica é… Será que vale a pena?

Bem, se você assiste a já citada Glee vai ver aqui novamente aquele ambiente de competição em torno dos grupos de corais, a diferença aqui é que vemos isso no ambiente da Barden e dois grupos se destacam, os talentosos The TrebleMakers, os papa-tudo de todos os torneios, liderados pelo marrento Bumper (Adam DeVine) e as Barden Bellas lideradas por Chloe (Britanny Snow), que tentam apagar a vergonha feita no último torneio (vergonha alheia total…). E vemos toda essa competição pelos olhos de Beca (Anna Kendrick, linda demais), garota que preferia investir seu tempo com suas mixagens e trabalho de DJ do que com a faculdade. Para se enturmar mais com a faculdade ela acaba se juntando ao novo (e nada convencional) grupo de Bellas para competir nos torneios à capela.

Cara, a trama em si nem é tão difícil, Beca é aquela garota que não dá ouvidos à ninguém, que se vê em volta em uma dinâmica de grupo da qual não queria estar, mas sem a qual não consegue mais viver sem. Kendrick manda bem como a adolescente problemática, mas suas coajuvantes também são dignas de destaque, como a Amy Gorda (Rebel Wilson), recém chegada da Tasmania (é, a mesma terra do Taz-mania !), a sexy Stacie (Alexis Knapp) e a tímida Lilly (Hana Mae Lee). E os apresentadores dos torneios, interpretados por John Michael Higgins e Elizabeth Banks, são hilários, causando desconforto um ao outro. E o roteiro, embora seja um tanto óbvio nos dramas, tem umas sacadas nerds interessantes, como as citações do clássico dos anos 80 O Clube dos Cinco e seu Hino adolescente “Don’t you forget about me” dos Simple Minds e uma curiosidade sobre Star Wars que eu morreria sem nem ao menos desconfiar dela…

Em suma, respondendo a pergunta feita anteriormente, A Escolha Perfeita é um filme que não acrescenta em nada ao gênero, mas nem por isso é um filme ruim. Tem umas piadas bem divertidas e as músicas são bem interpretadas, mas nem por isso é um filme bom. Gosto de pensar que é aquele tipo de filme que não vale a pena pagar uma entrada de cinema, mas é ideal pra se ver em casa.

 

Pitch Perfect, EUA, 2012 -112 min.

Elenco: Anna Kendrick, Rebel Wilson, Britanny Snow, Skylar Astin, John Michael Higgins, Elizabeth Banks.

Direção: Jason Moore.

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