Crítica: Kick-Ass 2
Ao ver o primeiro, Kick-Ass – Quebrando Tudo, já sabia o que esperava, pois tinha lido a HQ que está entre as minhas favoritas. Com a sequência não seria diferente, e ver a Hit-Girl em ação novamente já era motivo mais que suficiente para ver Kick-Ass 2.
A trama mostra que a loucura de Dave Lizewsk (o Kick-Ass) de virar um justiceiro e sair como super herói pelas ruas combatendo o crime influenciou outras pessoas a usarem máscaras e tentarem fazer a diferença. Em contra partida, temos Mindy (a Hit-Girl), que vive o dilema de continuar agindo como uma super heroína ou como uma adolescente normal.
Nesse cenário, ainda temos o vilão Motherfucker e sua gangue, que diga-se de passagem, são os responsáveis pelas cenas de maior violência do filme – com destaque para a cena da Mother Russia contra a polícia.
Sem dúvida, o maior destaque é a atriz Chloë Grace Moretz, que interpreta a Hit-Girl e é responsável pelas melhores cenas de ação e pelas de comédia – principalmente quando tenta ser uma menina normal. Estas cenas, mesmo sendo engraçadas, fazem uma crítica às meninas populares e à “crueldade” que existe no colégio. A sua parte da história é melhor trabalhada em comparação a do protagonista Aaron Taylor-Johnson (o Kick-Ass), que só é desenvolvido mesmo da metade para o final do filme, quando o vilão Motherfucker ataca.
Se tem um ponto fraco no filme que merece ser citado, com certeza é o desperdício que foi a participação do ator Jim Carrey, que aparece como o líder dos justiceiros, mas não tem muito dele no personagem, nem mesmo as piadas características de Carrey.
Kick-Ass 2 tem cenas de muita violência, contudo, continua fiel à revista em quadrinhos. O filme é muito divertido, pelas piadas com o universo POP, pelo humor peculiar de Motherfucker e pela relação de Dave e Mindy. Bem, não sei se teremos um terceiro, mas seria muito bem vindo.
Kick-Ass 2 , EUA, 2013 – 103 min.
Elenco: Aaron Taylor-Johnson, Christopher Mintz-Plasse, Chloë Grace Moretz e Jim Carrey
Direção: Jeff Wadlow