Crítica: O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos
Depois de dois filmes que foram bem meia-bomba tanto na opinião da crítica quanto de público, chegou a derradeira hora para O Hobbit. E depois da controversa decisão de esticar o segundo filme para que houvesse a necessidade de se criar esta terceira parte, “lá e de volta outra vez”, rebatizado como A Batalha dos Cinco Exércitos, me fez pensar no por que tanta expectativa foi gerada em cima do final da nova trilogia do mundo da Terra-Média.
O filme segue os eventos mostrados no filme anterior, e agora Bilbo (Martin Freeman), Thorin (Richard Armitage) e a companhia dos anões se prepararam para defender seu reino de Smaug (Benedict Cumberbatch), e um gigantesco exército de orcs liderados por Azog para tomar a Montanha.
O filme tem um ritmo esquisito, a estratégia de dividi-lo em três filmes visivelmente prejudicou o seu andamento. Para suprir com as lacunas, histórias são acrescentadas, como o arco de Gandalf (Ian Mckellen) aprisionado. Mas a história principal não é afetada, e segue com Thorin ficando cada vez mais obcecado com o tesouro dos anões e a pedra Arken. Visualmente o filme é muito bonito, Peter Jackson mantém a acuidade visual dos episódios anteriores, e os 48 HRF só realçam isso.
O elenco continua com o bom trabalho, mas achei que Luke Evans ficou com as melhores cenas. Aliás, Bard é o único personagem que tem uma motivação nobre entre todos. Pena que o roteiro não lhe permite mostrar mais do herói, aliás o roteiro não ajuda muito, mas a sacada de encaixar a nova trilogia no começo da trilogia O Senhor dos Anéis ficou bem legal. Outros personagens são diminuídos para que todos tenham espaços iguais e deixar os mais fundamentais à história trabalhar.
Apesar da grande duração do filme, 144 minutos, dos quais 45 são dedicados à ação principal, que é bem editada e bem divida entre os personagens (imaginem algo mias no estilo “final de Os Vingadores” e muito menos estilo “Transformers 4, onde dado momento ninguém mais liga pra quem tá vivo ou não), com Legolas nos brindando com mais uma de suas famosas peripécias acrobáticas.
Isso torna este 3º O Hobbit nem melhor, nem pior que os seus antecessores, mas dá um final que não tem o mesmo poder que a trilogia original. Embora seja uma história interessante, porém voltada para um público ligeiramente mais infantil do que a trilogia do Anel, mas é bem amarradinha e diverte; só achei problemática a sequência final que, posso até estar enganado, mas me pareceu que muita coisa foi cortada da edição final, nos restando esperar pela edição estendida para tirar a prova real.
The Hobbit – The Battle of the Five Armies, EUA, 2014 – 144 min.
Elenco: Martin Freeman, Ian Mckellen, Richard Armitage, Evangeline Lilly, Orlando Bloom, Lee Pace, Luke Evans, Hugo Weaving, Christopher Lee, Cate Blanchet, Benedict Cumberbatch.
Direção: Peter Jackson.