Crítica: O Hobbit – A Desolação de Smaug

Crítica: O Hobbit – A Desolação de Smaug

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Quase um ano depois de assistir à primeira parte da trilogia O Hobbit, finalmente era chegada a hora de conferir a segunda parte. No anterior, eu só consegui ver na versão convencional de 24 quadros por segundo e em 2D. Agora, decidi correr atrás do que há de melhor, ou seja, 3D e HFR (High Frame Rate ou 48 quadros por segundo). E vou dizer: que experiência fantástica!

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Para começar, como é bom voltar à Terra Média. Embora as paisagens já não causem mais tanto fascínio – até porque já estamos no 5º filme – a história e os personagens continuam cativantes. A narrativa de A Desolação de Smaug, que tem como tema central a ganância, começa do ponto onde Uma Jornada Inesperada parou, com Bilbo (Martin Freeman) seguindo em sua aventura até a Montanha Solitária ao lado de Gandalf (Ian McKellen), Thorin (Richard Armitage) e dos outros 12 anões (que ainda não consegui decorar o nome de todos). Como o caminho foi longo até aqui, é possível perceber logo na primeira cena que o grupo está cansado, mas o que os espera não facilitará nada para eles. Além de topar com orcs, elfos, e humanos, Bilbo e companhia ainda ficarão frente a frente com seu mais perigoso inimigo: o dragão Smaug.

Não vou dar muitos detalhes da trama, até porque, mesmo para quem leu o livro, o filme guarda algumas boas surpresas. Sim, porque além de inserir muito material que só estava presente nos apêndices de O Senhor dos Anéis, Peter Jackson e sua equipe de roteiristas ainda incluiu uma personagem inédita: a elfa Tauriel (Evangeline Lilly). Apesar da moça estar ali para acrescentar romance à trama de O Hobbit, ela se garante em cena por ter personalidade (mais interessante do que a Arwen) e saber lutar muito bem, talvez ficando apenas atrás de outro elfo, Legolas (Orlando Bloom), que está de volta, agora com olhos azuis (na trilogia do anel ele não tinha).

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Apesar de parecer funcionar melhor na questão da narrativa (e cansar menos), nas questões técnicas, A Desolação de Smaug não é muito diferente do anterior, até porque os três filmes foram rodados praticamente juntos e a equipe de pós-produção é a mesma. A fotografia, a maquiagem e a direção de arte se mantém fortes, assim como os efeitos especiais (tirando uma parte do final, que envolve um líquido, e que me incomodou bastante). E se não tem o Gollum, que virou referência quando se fala em personagem criado por computador, aqui temos o grandioso Smaug, que não fica devendo em nada. O dragão tem movimentos bem fluidos e o vozeirão de Benedict Cumberbatch dá a imponência que o personagem pede.

Sobre os 48 quadros por segundo, algo que Peter Jackson decidiu usar nos três filmes, bom, é incrível. No começo é um pouco estranho, parece até que você está assistindo a um Blu-Ray numa tela de cinema, mas aos poucos, os seus olhos vão se acostumando e tudo que já era visualmente impecável fica ainda melhor. Considerando que o preço do ingresso não foi diferente só por conta desse formato (foi só por causa do 3D), VALE MUITO O INGRESSO. E o 3D, que não me pareceu fazer falta no primeiro filme, aqui vale, nem que seja só pela cena dos barris (quando você conferir o filme, vai entender o que eu estou dizendo).

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Bom, se Uma Jornada Inesperada trouxe de volta a magia da Terra Média, A Desolação de Smaug consegue superar o primeiro e prepara o terreno para que a terceira parte, Lá e de Volta Outra Vez, seja a melhor da trilogia. Algo que, se você comparar com O Senhor dos Anéis, não chega a ser nenhuma surpresa. As relações entre os personagens já foram estabelecidas, o cenário já está pronto, agora é se preparar para o final.

The Hobbit: The Desolation of Smaug, EUA, 2013 – 161 min.
Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Richard Armitage, Benedict Cumberbatch, Orlando Bloom, Luke Evans, Evangeline Lilly, Lee Pace
Direção: Peter Jackson

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