A comédia brasileira no cinema parece uma montanha-russa, por vezes nos apresenta filmes muito legais e no mesmo nível filmes nem tão legais. Ainda bem que Qualquer Gato Vira-Lata se encontrou na primeira opção. Mesmo o primeiro filme, baseado na peça de Juca de Oliveira, chega a ser bastante divertido ao nos apresentar Tati (Cléo Pires), uma garota impulsiva que passa por problemas no seu relacionamento com Marcelo (Dudu Azevedo), e Conrado (Malvino Salvador), professor que pede ajuda a Tati para obter base prática para eu livro e se apaixonam.
Agora nessa segunda parte vemos como a relação dos dois evoluiu, ao ponto de Tati decidir pedir a mão de Conrado em casamento durante uma viagem dos dois para Cancún, afim de promover o livro de Conrado e participar de um debate. O que era pra ser uma noite perfeita se transforma em pesadelo quando Conrado, na frente de inúmeras pessoas, incluindo sua mãe (Stella Miranda) e Paula (Letícia Novaes), melhor amiga de Tati, (e com transmissão ao vivo para todos no Brasil) nega o pedido. Com Tati arrasada e magoada, Marcelo vê a chance perfeita de recuperar a namorada e também parte para o México. E como tudo sempre pode piorar, Ângela (Rita Guedes), a ex-mulher de Conrado, também foi convidada para o mesmo debate que ele.
O fato de agora o filme não estar mais (de certa forma) preso à peça que lhe deu origem, permitiu certas liberdades para torná-lo mais divertido, e o filme é recheado de piadas sutis, porém muito marcantes e divertidas (a sequência da piração do Marcelo, vendo Tati em todos os lugares, é hilária). E é nos diálogos que o filme te ganha, as piadas foram muito bem colocadas, crédito para uma sintonia perfeita entre o roteirista Paulo Cursino e os diretores Roberto Santucci e Marcelo Antunez.
E tal sincronia reflete no elenco, que está muito bem. O trio principal muito afiado, e as inclusões de Stella Miranda (o diálogo dela com Tati a respeito de filhos consegue ir de um momento engraçado para reflexivo sem destoar em nada com o filme, muito bom) Álamo Facó como o hilário Magrão e Mel Maia como a filha postiça de Marcelo são atrações à parte. E a cena de Fábio Jr. como o pai de Tati é igualmente boa, pena que caiu um pouco pra pieguice no seu final, mas nada que chegue a estragar o todo da cena e do filme.
Qualquer Gato Vira-Lata 2 é um bom exemplo de filme que segue livre de sua origem e ainda consegue elevar o seu nível, podendo até seguir com mais filmes. É uma diversão certa e não só para casais e com certeza vale a conferida.
Qualquer Gato Vira-Lata 2, BRA, 2015 –
Elenco: Cléo Pires, Malvino Salvador, Dudu Azevedo, Letícia Novaes, Rita Guedes, Mel Maia, Stella Miranda.
Direção: Roberto Santucci e Marcelo Antunez.
Depois de entrar em greve junto com meia-Hollywood, voltamos! E hoje com Beto Menezes, Camila…
Foram anunciados os Indicados ao Oscar 2024, que será realizado em 10 de Março. Como…
Os filmes que encontramos nas telonas nem sempre surgem de ideias originais de roteiristas e…
Referência no cinema europeu e mundial, a Alemanha fez relevantes contribuições artísticas e técnicas para…
Tamo de volta com mais um podcast! Dessa vez, Beto Menezes e Matheus Maltempi recebem…
Depois de muito silêncio, mesmo com os lançamentos de Shazam 2, The Flash e Besouro…