Resenha: A Hora do Espanto
Programão do final de semana: assistir ao remake de A Hora do Espanto no cinema em versão dublada. Sim, esqueça o 3D, o que muito provavelmente eliminará automaticamente sua opção ao filme em cópias legendadas. Resultado final: diversão garantida.
O grande mérito de A Hora do Espanto é ser um filme que não tenta parecer mais do que realmente é, não tenta te passar uma lição de vida, nem nada do tipo. Ele é simplesmente divertido. Por isso, prepare a sua mente para assistir numa boa, sem exigir uma história muito elaborada.
A trama mostra o adolescente Charley Brewster (Anton Yelchin), o típico cara legal, que tem a afeição das garotas e o respeito (até certo ponto) dos bullies. Charley, no entanto, esconde um segredo do passado: ele já foi nerd, e muito. Para ficar com Amy (Imogen Poots), a garota mais linda do colégio, ele renega a nerdice, o que acaba afastando seu melhor amigo, Ed (Christopher Mintz-Plasse). Tirando isso, tudo parece bem na vida dele, até que surge um novo vizinho metido a galã, Jerry (Colin Farrell). Depois de descobrir que Jerry é um vampiro, Charley fica meio paranoico. Mas ele tem motivo de sobra para ficar assim, porque o filme consegue resgatar a imagem do vampiro clássico, que foi meio arranhada com Crepúsculo (que recebe uma merecida “homenagem” durante o filme). Estão de volta aquele instinto de caçador de um sujeito sem alma, que não fica apaixonado por menininhas mortais e claro, o mais importante: o sangue. Sim, porque uma coisa que não se pode reclamar é que falta sangue nas cenas.
A história, que apesar de simples e com resoluções pouco elaboradas, consegue resgatar o espírito dos filmes da década de oitenta (época em que o original foi lançado) com o gênero de comédia aliada ao terror, que era bem comum, mas é pouco aproveitado no cinema atual. O diretor Craig Gillespie faz um bom trabalho com o gênero, conseguindo manter a balança equilibrada, com sustos e piadas bem planejados, sem muito exagero.
Do elenco, o que mais me divertiu, sem dúvida, foi ator David Tennant como o impagável Peter Vincent. O mestre do ocultismo que dá shows em Las Vegas, é um beberrão que adora trocar ofensas com sua namorada e garante boas risadas com suas falas e trejeitos.
Enfim, o remake de A Hora do Espanto é recomendado para quem curtia esses filmes dos anos 80 que não passam mais nas sessões das tardes. Com bons efeitos especiais e uma história divertida, você pode ir ao cinema sem medo de ser feliz. Ah, mas lembre-se, o 3D é perda de tempo.