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Resenha: As Tartarugas Ninja – Fora das Sombras

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Os quelônios lutadores sempre foram bastante queridos pelo público, mas seu retorno aos cinemas em 2014 teve um resultado no mínimo discreto pelo estúdio, mas ainda assim recebeu a sua sequência. A solução? Manter a estética para a criançada, mas mirar a abordagem para o público mais saudosista, dos anos 90, o público que realmente tornou as tartarugas um grande sucesso.

Dessa vez Leonardo (Pete Ploszek), Raphael (Alan Ritchson), Donatello (Jeremy Howard) e Michelangelo (Noel Fischer) precisam impedir o Destruidor (Brian Tee) que dessa vez se uniu a um vilão de uma outra dimensão, o alienígena Krang (Brad Garret), em um plano de dominação mundial. Para isso, vão contar novamente com a ajuda de April O’Neil (Megan Fox) e Vern Fenwick (Will Arnett), e um novo aliado, Casey Jones (Stephen Amell). Mas o Destruidor também tem reforços, os mutantes BeBop (Gary Anthony Williams) e Rocksteady (Sheamus).

O intuito aqui é claro, trazer todo o clima dos desenhos animados dos anos 90 para uma nova geração através dos olhos da geração anterior, a história do filme remete mesmo a um grande episódio de desenho animado, simples e direta ao ponto. O problema é o seu desenrolar. Soluções rápidas tornam o filme falho, onde nem mesmo a ação do filme salva. Embora também fraco, no primeiro filme víamos as tartarugas mais atuantes, lutadoras. Aqui, o fato de serem ninjas se resume a saltos com extrema agilidade e furtividade. Inúmeras oportunidades de vermos sequências de lutas legais como no primeiro filme são desperdiçadas ao longo desse novo.

O que faz o filme andar é o questionamento das tartarugas quando surge a oportunidade deles se tornarem normais e “saírem das sombras”, e esse é o dilema que move os quelônios. O legal aqui é que rola um equilíbrio maior entre eles, diferente da polarização do primeiro filme, onde só víamos o Raphael. Todos aqui tem um tempo de desenvolvimento. Mas o elenco de apoio não ajuda, em especial o cientista vivido por Tyler Perry, em uma pura representação cartunesca e ultrapassado do nerd, de óculos grandes e suspensório.

Uma oportunidade desperdiçada, infelizmente. Parece que ainda não entenderam o contexto que move os irmãos, nem o clima aventureiro dos anos em que eles fizeram sucesso nos cinemas.

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Beto Menezes

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