Resenha: Batman – Ano Um
Antes de mais nada, preciso confessar que eu sou um fã incondicional do Batman. Já cheguei até ao ponto de gostar de Batman Eternamente só porque Joel Schumacher colocou o Robin no filme, e já nem me lembro mais quantas vezes assisti a O Cavaleiro das Trevas. Mas não me contenho só na área dos filmes em live-action. É graças a Batman: A Série Animada que existe o desenho da Liga da Justiça e graças a quadrinhos como Batman – Ano Um que o herói se mantém como um dos melhores. Então logo que a Warner anunciou a versão animada desse quadrinho aguardei como uma criança pra vê-la nas telas e com certeza valeu a pena!
Se você chegou a ver Batman Begins conhece parte da história de Ano Um, já que várias cenas do filme, como a invasão dos morcegos, e vários de seus conceitos, como o fato da polícia de Gotham ser em sua grande parte corrupta, foram tiradas desse quadrinho. Mas apesar de carregar o nome do Batman, gosto de pensar que é mais uma história sobre o então Detetive James Gordon do que sobre o morcego encapuzado. Pelos olhos de Gordon, vemos como polícia de Gotham é suja e como o detetive se esforça para se manter íntegro diante de tudo aquilo. Por outro lado, Bruce Wayne acaba de regressar a Gotham para iniciar seu plano de limpar a cidade da criminalidade, mas ainda não sabe muito bem como executar esse plano.
Gostei muito dos traços da animação, que se mantiveram fiéis a sua fonte e aos desenhos de David Mazzuchelli. Se nos quadrinhos já são admiráveis e tão cheios de informação, vê-los ganhar vida e movimentos é de se encher os olhos. A adaptação também se mantém fiel à história de Frank Miller, mas só não gostei de um detalhe: Barbara Gordon. A esposa de Gordon nos quadrinhos parecia ter mais personalidade, e aqui ela parece muito conformada, até mesmo com o fato do marido deixá-la numa noite especial porque o dever chama.
Mais uma vez a dublagem faz um trabalho excelente, só nos restando relaxar e curtir uma excelente adaptação de uma das mais clássicas histórias do Batman.