A franquia Transformers, por mais que seja um sucesso entre o público infantil, nunca conseguiu de fato ser a empreitada que a Paramount esperava, principalmente por suas péssimas críticas a cada novo filme. Era notável, Michael Bay perdeu a mão fazendo filmes que, apesar de sua pretensa grandiosidade, não tinham mais substância e se tornaram um espetáculo visual que os fãs da clássica animação não reconheciam mais como os heróis robôs com quem cresceram. A solução? Puxar a tomada e começar tudo de novo, com uma nova mão no volante.
Voltamos para o começo, o planeta Cybertron está assolado pela guerra e os Autobots estão perdendo para os Decepticons. Com a única alternativa sendo fugir, Optimus Prime manda seu soldado mais confiável, Bumblebee, estabelecer um posto na Terra e protegê-la de ameaças futuras. Mas ao chegar, gravemente ferido, acaba sendo encontrado em uma garagem por Charlie (Hailee Stanfield), garota solitária passando por um momento difícil. Juntos, ambos precisam se entender e enquanto se escondem dos militares que caçam o autobot.
A primeira coisa que chama a atenção, em comparação com o antigo aspecto da franquia, é o seu visual. Muito mais clean do que a confusão que Bay exibia, dessa vez pode-se discernir cada personagem digital, tudo parece muito melhor animado. Outra decisão acertada foi dar aos personagens o seu design original da animação, ou seja, Bumblebee retorna a ser o simpático fusca dos anos 80, que por sinal são esfregados na nossa cara a todo momento, seja em um poster no quarto de Charlie, a trilha com Tears for Fears e Duran Duran e referências à Clube dos Cinco. Mas embora seja um reboot, o filme não esquece dos anteriores nos pequenos detalhes.
A direção de Travis Knight é segura, o que deixa o filme bastante redondo e coeso, mesmo com os arcos clichês dos personagens humanos (a garota solitária, o militar linha dura, o cientista). Stanfield dá a sua personagem o seu charme natural e cativante, o que faz com que o espectador se importe minimamente com o seu drama e o filme deixe de ser apenas uma “ação entre robôs”. Aliás, os humanos, como coadjuvantes nessa história, cumprem o seu papel bem. John Cena também faz um trabalho interessante.
Com uma história coesa e personagens interessantes, Bumblebee olha para trás para ser a injeção de frescor que a franquia Transformers precisava. Com o seu final, ela tem tudo para se tornar uma espécie de “Animais Fantásticos” para a Paramount e se manter revelante não só na mente dos novos fãs mas também recuperar os fãs mais ardorosos pela nostalgia.
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