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Resenha: Conan – O Bárbaro

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Eu não gosto de sair criticando um filme assim com tanta vontade, mas esse filme… ele conseguiu com que eu desistisse da minha política de boa vizinhança. Quando eu vi o trailer até pensei que Conan – O Bárbaro poderia ser bom. Mas quase saí no meio da sessão. O filme já começa errado. E sim, quando eu digo errado é porque tem um erro de continuidade na hora do nascimento do Conan. Uma hora o bebê está ligado à mãe pelo cordão umbilical, e no segundo depois ele sumiu. CADÊ O CORDÃO UMBILICAL? CADÊ? CADÊ? (Não) ACHOU!

A história, em resumo, é sobre um menino que é nascido no meio da guerra (cena bizarra e traumatizante detected), e a partir daí a minha explicação é que ele fica meio pancado da cabeça porque vira um pré-adolescente muito agressivo e violento. Após sua aldeia ser invadida e todos serem mortos (inclusive seu pai), Conan quer acertar as contas com Khalar Zym, assassino de seu pai (que tem uma filha TENSA). Depois disso, é inútil eu falar mais da história porque não tem história. Não tem roteiro! Os personagens surgem do nada e vão para o nada. Não há profundidade alguma na jornada vingativa de Conan. Ele decepa cabeças e destripa centenas na mesma tranquilidade que você pergunta pra sua mãe o que ela fez para o almoço. A mocinha é água de salsicha. Assim como o vilão. A filha do vilão não é nada mais do que uma maluca. E em menos de duas horas eu vi mais sangue que o pessoal da segunda guerra mundial.

Os pontos positivos (aqueles que não fazem você querer se matar) são os figurinos e a maquiagem muito bem feitos e os cenários, que realmente são muito bonitos. As cenas de batalhas também são bem fortes, tirando o sangue cor de groselha.

No fim, cheguei a algumas conclusões: foram os R$12,00 mais mal gastos da minha vida; foram as duas horas mais longas da minha vida; menos da metade do filme e eu tirei o óculos 3D e fiquei no twitter; PRA QUE 3D? Não acrescenta nada (a não ser no preço do ingresso); as pessoas não aprenderam com histórias tipo Batman, que é melhor matar a família toda do que esperar aquela criança crescer e te matar?; se meu filho com 12 anos ficasse bizarro assim eu não levava ele pra batalha, levava ele pro exorcista; MATEM O DIRETOR E O ROTEIRISTA!

É isso. Se estiverem a fim de ver morte sem sentido, personagens vazios e uma história em quadrinhos ser destruída, peguem a próxima sessão de Conan – O Bárbaro e divirtam-se.

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Gabs Iba

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