Resenha: Esquadrão Suicida

Resenha: Esquadrão Suicida

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Depois do divisivo Batman Vs Superman, o universo cinematográfico da DC apostava o resto de suas fichas nos “piores heróis de todos os tempos” para salvar este ano. Infelizmente, o grupo de vilões acabou sofrendo por problemas muito maiores do que o próprio antagonista do filme.

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Antes de mais nada, vamos tirar logo o elefante da sala. É o pior filme de heróis todos os tempos? Não. Mas também não dá para dizer que está entre os melhores. Pelo que foi vendido nos trailers, Esquadrão Suicida tinha tudo para ser algo diferente, muito mais divertido do que o sisudo universo da DC até então e muito mais interessante do que a fórmula básica da Marvel. E talvez este seja o grande problema do filme: no fim, ele não conseguiu entregar nada disso. Pelo contrário, tudo é tão sem graça e esquecível, que fica até difícil não dizer que foi uma decepção para quem esperava mais.

Os pontos mais fracos se concentram no roteiro, que deveria dar a base para todo o filme. Os diálogos nem são ruins, mas a história em si é muito genérica. No entanto, o que mais incomoda são as tentativas de transformar alguns membros do grupo em pessoas de bom coração não compreendidas pela sociedade. Por mais que eles fiquem lembrando o tempo todo que são vilões, fica difícil de acreditar quando todo o resto quer desconstruir essa imagem. E isso acaba tirando o peso dos membros da equipe serem vilões e não heróis ou anti-heróis, algo que se fosse melhor explorado, poderia render situações mais divertidas do que quebrar uma vitrine de loja para roubar uma bolsa.

Em meio à muitas cenas de ação sem muita novidade e com um excesso do uso do slow motion, todos no elenco fazem trabalhos competentes com o fraco roteiro que têm nas mãos. Quem se destaca mesmo são Viola Davis como a manipuladora Amanda Waller e Margot Robbie como a Arlequina, de longe as personagens mais próximas das suas versões dos quadrinhos. E se você estava ansioso para ver o Coringa do Jared Leto, esta pode ser mais uma decepção. Ele está no filme, numa versão bem diferente das interpretações anteriores do personagem, mas tem tão pouco tempo de tela para mostrá-lá, que mais parece um teaser. Em contrapartida, para quem estava preocupado com a possibilidade do peso do Coringa roubar o filme, essa é provavelmente uma boa notícia.

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No fim, Esquadrão Suicida é um filme esquecível que não mostra nada diferente do que já se viu em outras produções do gênero. É mais um exemplo de que boas ideias não garantem automaticamente bons filmes. Nem mesmo a inclusão de clássicos do rock na trilha sonora, numa tentativa de ganhar o público pela música, consegue salvá-lo. Não é o novo Lanterna Verde do cinema de heróis, mas fica bem longe de ser o filme prometido nos trailers.

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