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Resenha: Godzilla 2 – Rei dos Monstros

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A Warner está se especializando em criar universos expandidos dos seus filmes. Depois do universo Invocação do Mal, o seu universo de monstros também vai muito bem, obrigado. Mesmo com o tropeço inicial com a recepção fria do primeiro Godzilla, a idéia vem seguindo timidamente para o que virá a ser o encontro do lagarto gigante com King Kong. E para apagar essa recepção fria que foi a do primeiro filme, essa sequência vem com uma grande injeção nas sequências de ação, expandindo e estabelecendo o universo para os futuros filmes da franquia.

O filme se passa anos após a destruição de São Franscisco causada pela luta entre os monstros no primeiro filme, com a organização Monarca mapeando cada vez mais desses seres ancestrais para entendê-los e conviver pacificamente com as criaturas. Mas uma organização terrorista, com a ajuda de um equipamento desenvolvido pela Dra. Emma Russell (Vera Farmiga), começa a libertar esses monstros para que eles retornem o mundo à uma condição mais natural. Quando a coisa sai do controle e as organizações militares não são capazes de impedir a destruição, Godzilla surge para reestabelecer o equilíbrio.

Por mais que a direção de Michael Dougherty seja bastante burocrática, algo que não se pode negar é que a ação desse filme é caprichada. Ao introduzir uma trama simples, sobra bastante espaço para sequências elaboradas e de tirar o fôlego, colocando os monstros no seu lugar de destaque, bem no meio da ação, corrigindo o erro do seu predecessor. E o filme aproveita para expandir bastante a mitologia do universo, introduzindo novos monstros e sempre lembrando de incluir o Kong, com lembretes durante toda as 2h11m de filme.

O elenco não tem grandes destaques, mas faz um bom trabalho. A família principal composta por Farmiga, Kyle Chandler, e Millie Bobbie Brown tem cada um pequenos momentos, enquanto usam a confusão toda instaurada para resolver o seu drama. E o filme ainda garante a entrada no mercado oriental com dois nomes fortes, Ken Watanabe e Zhang Ziyou, e os coloca totalmente inseridos na trama. De resto é muito coadjuvante atuando como militar. O filme se concentra mesmo é em caprichar no visual dos monstros, com Gidorah e Rodan com visuais impressionantes. E Godzilla como o rei que merece ser.

Com isso, esse novo filme apaga a impressão ruim deixada pelo seu predecessor e prepara muito bem o tapete para as futuras sequências e o inevitável encontro entre Godzilla e King Kong. Na batalha desses monstros gigantes, só quem tem a ganhar é o público.

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Beto Menezes

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