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Resenha: Predadores Assassinos

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O homem contra a natureza é uma luta que ou rendem boas cenas em filmes no mínimo interessantes (como Twister) ou coisas totalmente galhofas (como Pânico na Floresta). Mas é bom ver um filme do gênero que não se alonga demais e com a mão de um diretor que sabe levar essa luta para um lado mais do terror. “Predadores Assassinos” (Crawl) é uma corrida contra o tempo que, apesar de em algumas partes mais parecer um videogame, sabe trabalhar a tensão e entregar um filme divertido.

O filme nos apresenta Hailey (Kaya Scodelario, de Maze Runner), uma jovem que enfrenta problemas com o pai (Barry Pepper) mas devido a falta de contato por parte da irmã devido à uma tempestade que se aproxima se compromete com ela a ir ver o que está acontecendo e se certificar da segurança dele. Mas ao chegar no local, acaba surpreendida por jacarés que saem à caça de tudo que se move. Agora, cabe a ela e ao pai fugir dos predadores antes que acabem virando comida e fazer isso o mais breve possível para não serem vítimas da tempestade.

Apesar do filme ter uns momentos extremamente expositórios (ninguém em sã consciência com um furacão e procurando pelo pai fica olhando fotos antigas na cama) o filme tem uma duração curta, é direto ao ponto e entrega o que promete. Alexandre Aja (diretor do ótimo “Viagem Maldita”) consegue entregar boas cenas tensas e sustos de onde você menos espera e mesmo assim não sendo gratuitos, são causados pela circunstância do cenário. E nesse tipo de filme, certas “liberdades” são tomadas mas as do tipo que você espera em um filme assim. Aquelas coisas típicas e inacreditáveis das quais você precisa “ignorar” pelo bem da sua diversão.

“Predadores” também não poupa nas cenas dos ataques dos jacarés e tem muitas mordidas, sangue e desmembramentos, servido para aumentar a tensão e a sensação de perigo. Entre as muitas caras e bocas de Scoladario nada que chegue a comprometer em si o filme. Predadores Assassinos, apesar do lançamento discreto, é um filme bem divertido: assusta quando deve, te deixa tenso quando precisa (o que é quase o tempo todo) e não tem tempo pra enrolação. Quem dera todo o filme do gênero fosse assim.

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Beto Menezes

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