Cada vez que vejo o anúncio de um novo Toy Story sigo um ciclo: primeiro digo que é desnecessário, a história está fechada, não precisa de uma continuação. Falo isso há 2 filmes e a Pixar sempre me coloca no chão, fazendo cada aventura com Woody, Buzz e companhia ser ainda melhor que a sua anterior. Com esse 4º filme, está prometido pela Pixar que será o fim da franquia, a última vez que veremos estes personagens mesmo depois de termos nosso coração partido com a despedida dos brinquedos de Andy, seu primeiro dono. Mas com um final como o do último filme, tão determinante e definitivo, o que mais poderia ser contado?
Passam alguns meses desde que os brinquedos, liderados pelo cowboy, estão vivendo com a nova criança, Bonnie. Agora Woody toma como missão proteger e zelar pela segurança do brinquedo mais importante para a menina, o Garfinho, que não aceita muito bem que agora ele é um brinquedo e não mais um item descartável. Durante uma viagem para um fim de semana, Woody acaba entrando em novas aventuras, reencontrando velhos amigos e redescobrindo a sua função na vida.
O filme parece uma espécie de epílogo, algo para fechar o grande arco dos brinquedos, em especial de Woody. E seu roteiro é bastante amarrado, o suficiente para que você continue trazendo o carinho pelos personagens dos filmes anteriores e passe a gostar dos novos. Woody segue sendo a âncora emocional do filme, o que lhe rende o maior tempo de tela e isso é bom, mas infelizmente põe em detrimento os outros personagens. Buzz tem poucos (porém divertidos) momentos e os outros brinquedos , como Jesse, o Porquinho e Sr. e Sra Cabeças-de-Batata mal aparecem.
Em compensação os novos personagens são ótimas inclusões. O Garfinho é extremamente divertido em sua inocência e recém consciência, gera ótimas piadas, assim como a malandragem do Patinho e do Coelhinho e as proezas de Boom Kaboom. Mas é na “vilã” Gaby Gaby que mora o peso emocional do filme, seu drama é tão bem passado que até chegamos a defender suas atitudes. De certa maneira ela nem chega a ser uma vilã (por isso as aspas), diferente dos 3 filmes anteriores. O maior vilão de toda a série é o Tempo, e como é impossível derrotá-lo ou prolongá-lo. Vimos como era inevitável que Andy cresceria e agora vemos como a pequena Bonnie vai passando por fases com seus brinquedos, mesmo tendo passado pouco tempo entre o final do terceiro e o começo deste filme.
Com um destaque muito especial ao dubladores da versão nacional, Toy Story 4 não é o melhor filme da franquia, mas está longe de deixar a peteca cair. Com um final bastante anti-climático (parece que finais assim estão na moda), o último filme honra e dá um fim digno à história dos personagens. Em certo momento do filme Woody fala que a razão da sua existência é “ajudar uma criança”. Sob muitas maneiras, dentro e fora das telas, ele cumpriu a sua missão.
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