Resenha: Vingadores – Guerra Infinita

Resenha: Vingadores – Guerra Infinita

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No segundo Vingadores, Tony Stark (Robert Downey Jr.) diz a seguinte frase: “esse é o fim do caminho em que nos coloquei”. Embora este não seja propriamente o fim dessa era de personagens (já que a conclusão chegará ano que vem), Vingadores – Guerra Infinita pode sim ser considerado como um fim. O fim de todo um projeto que começou há 10 anos, com esse mesmo Tony Stark sendo o primeiro de uma leva de personagens e histórias que trouxe histórias que conquistaram a todos nós e personagens que amamos. E Guerra Infinita é a Marvel em seu melhor momento.

Como já mostrado, Thanos finalmente começa a sua busca pelas Jóias do Infinito, que estão espalhadas pelo universo, para assim fazer o que ele chama de “equilíbrio à favor da Vida”. Os Irmãos Russo, dirigindo os filmes Marvel desde Soldado Invernal e já tendo uma experiência com os Vingadores em Guerra Civil, mostram que tem um domínio total da narrativa. Tudo aqui funciona. Até as CGI’s, que costumam ser uma péssima marca da casa, estão bonitas aqui. Mesmo dividindo a história em três núcleos a história não deixa de ser naturalmente orgânica, ações muito naturais ao que está acontecendo nas sequências. Senti a falta de desenvolvimento de alguns personagens, ou talvez por dar mais atenção a um núcleo, outro fica em detrimento, mesmo com as 2h30m de filme, em especial as partes de Steve Rogers (Chris Evans). E os Russos equilibram bem os momentos frenéticos (e são muitos. O filme já começa frenético) e usam os Guardiões como o respiro entre esses momentos, com suas piadas estilo “sitcom de família”. Mas não se engane: os Russos deixam claro, desde o primeiro minuto de filme, que será uma guerra, e em uma guerra, sempre há consequências.

E essa consequência vem na forma de Thanos, uma força da natureza: cruel, implacável e com um enorme senso de propósito. Josh Brolin entrega um vilão que realmente te passa ameaça, medo, de uma forma que nunca havíamos experimentado nos filmes Marvel. Ao mesmo tempo em que ele tenta validar toda a sua loucura e raciocínio com bastante carisma e sinceridade. Todos os personagens estão bem legais, em especial o núcleo do Homem-de-Ferro, com Homem-Aranha (Tom Holland), Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) e metade dos Guardiões, é onde boa parte da ação se concentra.

O terceiro filme dos Vingadores é um filme extremamente sombrio, mas igualmente divertido. Mesmo sendo um Parte 1, ao seu final ele nos deixa como aquela sensação horrível de ter tomado um soco no estômago. De ter finalmente visto algo que você esperou muito, e mesmo assim nada poderia ter te preparado para aquilo. É um caldeirão de emoções ao longo dessa viagem. É emocionante, angustiante, poderoso e a característica que mais gostei de perceber ao final do filme, é corajoso, extremamente corajoso. Difícil agora será esperar por mais um ano até o próximo filme.

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