O filme marca a estreia do roteirista e produtor Aaron Sorkin na direção. Ele é reconhecido pelo trabalho em produções como “The West Wing” (1997), “A Rede Social” (2010) e “Steve Jobs” (2015). Aaron também é o responsável pelo roteiro de “A Grande Jogada”, e seu trabalho como roteirista foi reconhecido mais uma vez: o filme é um dos indicados ao Oscar desse ano na categoria de melhor roteiro adaptado.
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O filme conta a história de Molly Bloom, interpretada por Jessica Chastain. Atleta de esqui e prestes a conseguir uma vaga nas Olimpíadas, ela sofre um acidente em uma competição e deixa o esporte. Após a frustração, a jovem decide mudar de cidade para rever seus planos e recomeçar a vida.
É aí que ela começa a trabalhar como garçonete em um bar. Sua esperteza chama a atenção de um cliente, que a chama para trabalhar em seu escritório como assistente. O homem é responsável pela realização de partidas de pôquer no fundo de um bar, e Molly acaba conhecendo um mundo frequentado por estrelas de Hollywood e grandes empresários. Inteligente e gananciosa, ela passa a organizar o evento e fica conhecida como a “Princesa do Pôquer”.
O filme começa com a prisão de Molly, que é acusada pela justiça por ilegalidade nos jogos e envolvimento na máfia Rússia. Ela decide procurar o advogado Charlie Jaffey (Idris Elba) para defendê-la no tribunal. Ao longo do filme, vemos toda a trajetória de sucesso e decadência de Molly. O longa ainda conta com a participação de Kevin Costner e Michael Cera.
Se o roteiro é tão bem adaptado que foi indicado ao Oscar, não podemos dizer o mesmo da adaptação do nome do filme para as telonas brasileiras. “O Jogo de Molly”, tradução do título original, representa muito mais a essência do filme do que “A Grande Jogada”. A personagem é forte e tem uma história muito interessante, algo que deveria ser reconhecido.
Jessica Chastain está ótima no papel, não foi à toa que ela recebeu a indicação de melhor atriz em filme dramático no Globo de Ouro desse ano. O personagem de Idris Elba traz um leve toque cômico para a história. Apesar de contar os bastidores de um crime, não há diálogos ou cenas pesadas no filme (com exceção do momento em que Molly começa a ser ameaçada).
O longa é narrado pela personagem principal e tem um bom ritmo. Na maior parte do tempo, a sequência rápida dos acontecimentos prende a atenção. O fôlego é perdido em alguns momentos perto do final, mas o diálogo de Molly e seu pai (Kevin Costner) desperta o interesse por revelar alguns aspectos da personalidade da Princesa do Pôquer.
Durante o filme, Molly afirma: “Essa é uma história verdadeira. Exceto por mim mesma, eu mudei todos os nomes”. Existe até mesmo um jogador, um ator famoso e parte importante da história, que é nomeado por ela como “jogador X” (Michael Cera).
Nenhum nome é citado no filme, mas a verdadeira Molly Bloom deu alguns nomes de jogadores famosos no livro, como Leonardo Di Caprio e Tobey Maguire. Vale lembrar que jogar e organizar partidas de pôquer é legal no EUA. O crime na história acontece quando Molly passa a receber comissão por cada partida.
Em algumas partidas, Molly narra as jogadas, explicando a movimentação de cada jogador. As cartas são exibidas na tela para o telespectador, o que pode ser uma diversão para quem gosta e entende do jogo.
“A Grande Jogada” (não confunda com “A Grande Aposta”) é um filme bem produzido, com ótimo elenco e um roteiro que desperta a atenção. É o tipo de história em que condenamos e, ao mesmo tempo, admiramos o criminoso. Afinal, que nunca quis fazer uma grande jogada e ficar milionário?
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