A história agora se passa em 1927, apenas alguns meses após os acontecimentos do primeiro filme. O grande bruxo das trevas, Gerardo Grindelwald (Johnny Depp, de “Aliança do Crime”), acaba de escapar da prisão e, enquanto tenta reunir o máximo de seguidores em sua luta para fazer os bruxos pararem de se esconder e dominar o mundo dos trouxas, ele está decidido a encontrar e persuadir o jovem Credence Barebone (Erza Miller, de “Liga da Justiça”) a se juntar a ele e usar o poder do Obscurus que ainda permanece no garoto. Ao mesmo tempo, o professor Alvo Dumbledore (Jude Law – Capitã Marvel) convoca seu antigo aluno, Newt Scamander (Eddie Redmayne – “Teoria de Tudo”), para procurar e proteger Credence tanto de Grindelwald quanto do Ministério da Magia, que quer matar o rapaz a todo custo.
É preciso começar dizendo que, visualmente falando, o filme está impecável. A fotografia, os figurinos e os efeitos visuais são de encher os olhos de qualquer um e até o 3D vale muito a pena. A trilha sonora também é fundamentalmente incrível e precisa nos momentos certos, principalmente quando o tema principal da saga Harry Potter toca no momento em que aparece a saudosa Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. É simplesmente emocionante.
As criaturas mágicas continuam presentes e roubando a cena, apesar de não serem mais o foco da trama. Destaque para as criaturas do filme anterior como o pelúcio, e o tronquilho, Picket. Ambos acabam tendo funções muito importantes na história. Indo para as criaturas novas, destacamos duas: um incrível cavalo-do-lago, ou Kelpie como é chamado, e duas criaturas chinesas: o Kappa, e o Zowu que vai te deixar vidrado na tela. Fique atento também para criaturas vindas direto da franquia Harry Potter.
Em relação às atuações, o elenco dá um show. Eddie Redmayne continua perfeitamente incrível com seu tímido Newt. Katherine Waterston e Alison Sudol (de “Alien: Covenant” e da série “Transparent”) continuam firmes em suas performances como as irmãs Tina e Queenie Goldstein, embora nesse filme elas não tenham tanto destaque como no filme anterior. Dan Fogler (Luke de “The Walking Dead”) segue sendo o alívio cômico, apesar de seu personagem, Jacob Kowalski, não ser tão engraçado como no primeiro filme, pois nessa sequência, seu plot é um pouco mais dramático. Já Erza Miller surge brilhante com seu atormentado Credence que, mesmo não aparecendo tanto, acaba sendo o ponto central do filme.
Quanto aos novatos, quem chama a atenção é atriz Zoë Kravitz (“Mad Max: Estrada da Fúria”), com sua dramática e surpreendente Leta Lestrange, que tem uma reviravolta chocante, além de fazer uma boa dupla com o ator Callum Turner (“War and Peace”), muito bem também interpretando o irmão mais velho de Newt, Teseu Scamander. Há também a novata Claudia Kim (“Vingadores: A Era de Ultron”) interpretando a versão humana da futura cobra de estimação e horcrux de Lord Voldemort, Nagini. Aquis, sua única função aqui é acompanhar Credence, então teremos que esperar quais são os planos futuros de J.K.Rowling para a personagem.
No entanto, os aplausos vão realmente para Jude Law e Johnny Depp. Em meio a polêmicas, é realmente um grande consolo perceber que se justifica a grande briga que a Warner e J.K.Rowling compraram com o fandom de Harry Potter ao insistirem em manter Depp no papel de Grindelwald. Seja você a favor ou contra a permanência do ator na franquia, é impossível dizer que ele não foi simplesmente perfeito em sua atuação. Mais contido e bem menos caricato, fazia muito tempo que não víamos Johnny Depp realmente brilhar em um filme. O mesmo pode-se dizer de Jude Law, com seu jovem Alvo Dumbledore. Deu para ver que ele realmente se dedicou a estudar e a se aprofundar no personagem que, mesmo tendo poucas cenas, é simplesmente espetacular.
Agora a grande controvérsia que está acontecendo em torno desse filme é realmente o estilo de roteiro de J.K.Rowling. De fato, a autora escreve os roteiros dos filmes, como se estivesse escrevendo um livro, cheio de subplots, histórias paralelas, que se cruzam no final do filme. Isso desagradou muito a crítica em geral, mas se você está acostumado aos livros da série Harry Potter e ao estilo da escritora, vai se sentir como se estivesse lendo um novo livro durante às 2 horas e 10 minutos de filme. E não se engane, diferente do primeiro filme, essa sequência é feita e direcionada totalmente para os fãs de Harry Potter. Se no filme anterior tínhamos apenas alguns feitiços e uma ou outra menção a Hogwarts e a Dumbledore, esse aqui é praticamente recheado de easter eggs do início ao fim: Personagens icônicos, flashbacks em Hogwarts, bicho-papão (com uma grande relevância para a trama) e o famoso uso da Poção Polissuco. até o Espelho de Ojesed, que mostra o desejo mais profundo e desesperado da pessoa.
“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindewald” é, enfim, o filme é maravilhoso, surpreendente e totalmente mágico. Muito mais denso e complexo do que o primeiro, além de não ter propriamente um fim ou uma resolução, afinal ainda restam mais três filmes (o próximo sai só em novembro de 2020). Agora é esperar, pois é sempre bom retornar a esse fascinante “Wizarding World”.
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