Crítica: A Última Jornada
Há muitos filmes que retratam uma possível revolta da natureza contra os seres humanos. Esses filmes vão desde o clássico de Alfred Hitchcock “Os Pássaros” (1963) onde uma pacata cidade começa a ser atacada por pássaros sem uma razão aparente, até filmes como “Fim dos Tempos” de M. Night Shyamalan (2012), onde algo inexplicável causa uma onda de suicídios.
“A Última Jornada” de Perry Bhandal (“The Last Boy”) mostra uma onda de vento que transforma as pessoas em pedras, até metade do filme não sabemos se é uma revolta da natureza, algo sobrenatural ou se foi gerada pela própria humanidade, até descobrir pelos relatos de um dos personagens que na verdade decorreu de um acidente científico causado por alguns pesquisadores.
Assim como no filme de John Krasinski “Um Lugar Silencioso”, onde as criaturas eram atraídas pelos barulhos, em “A Última Jornada” esse vento também é atraído pelo vento, sobretudo os artificiais – causados pelos seres humanos. Isso faz com que se esconda principalmente nas ruas e cidades.
Só há uma coisa natural que consegue parar e desviar deste fenômeno: a água. Irônico isso, pois a maior parte do filme acontece em campo aberto e longe de qualquer rio ou mar.
Sem necessidade de explicações, mas faltando algo
Filmes não precisam ter resposta para tudo, precisam apenas respeitar as regras criadas pelo universo em que aquela história se passa. Isso “A Última Jornada” faz bem. Não dá respostas desnecessárias e não te explica o que não precisa. Talvez, se tivesse atuações e uma direção diferente fosse um filme melhor do que foi. Os personagens não conseguem fazer você criar uma conexão com eles e isso faz com que você não ligue tanto para as motivações e nem com o que vai acontecer. Também não sentimos tanto que há um perigo rondando aqueles personagens, tirando um pouco do suspense que o filme deveria ter.
"A Última Jornada" está disponível em diversas plataformas digitais e você pode assistir ao filme no NOW, Looke, Microsoft, Vivo Play, Google Play e Apple TV.