“Mãe!”, escrito e dirigido por Darren Aronofsky (“Cisne Negro” e “Noé”) é, provavelmente, um dos filmes mais aguardados desse ano. Essa expectativa se deve a dois motivos: o primeiro é que o diretor é conhecido por filmes polêmicos, que geralmente envolvem espiritualidade ou transtornos de comportamento do ser humano. O segundo é que o longa foi pouco divulgado, com apenas um trailer de 2 minutos e algumas poucas imagens. Todo esse ar de mistério está despertando a curiosidade das pessoas, mas, afinal, o que esperar de “Mãe!”? Confira a nossa crítica!
Um casal que enfrenta problemas com as visitas
O filme conta a história de um casal interpretado por Jennifer Lawrence (“Jogos Vorazes” e “Passageiros”) e Javier Bardem (“Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”). Ele é um poeta que busca inspiração para escrever seu próximo grande trabalho e ela se dedica totalmente ao lar, reformando os cômodos da casa e sendo uma esposa perfeita. Os dois vivem isolados, até que um dia recebem a visita de um médico (Ed Harris) e sua esposa (Michelle Pfeiffer) e, a partir daí, a aparente paz do casal acaba.
Sobre o desenvolvimento da história
O longa começa com um ritmo lento, mostrando a rotina do casal. Até mesmo após a chegada do médico a história demora para despertar alguma emoção, além, claro, daquela tensão de saber que alguma coisa ruim está prestes a acontecer.
Acredito que uma das formas de explicar a experiência de ver esse filme é fazendo uma analogia com uma montanha russa com a subida beeeem lenta. Você passa tanto tempo subindo que chega a ficar cansativo, mas continua com aquele medinho lá no fundo. Até que, de repente, a descida chega e você cai, ou melhor, você mergulha em uma grande sequência que traz uma mistura de sensações, dúvidas, reflexões, medo…e é aí que vemos todo o estilo Darren Aronofsky de contar uma história.
Diretor já esperava recepção negativa
O Cinetop participou da coletiva de imprensa com o diretor realizada no último dia 19, em São Paulo. Nela, entre outros assuntos, ele comentou sobre a recepção inicial do longa. O filme estreou nos EUA com uma arrecadação baixa (US$ 7.5 milhões), além de ter recebido nota F do público no CinemaScore – escala mais baixa do site. Na sua primeira exibição oficial, realizada no começo de setembro, no Festival de Veneza, ele foi vaiado.
Para o diretor, essa reação agressiva já era esperada, já que para ele “o filme representa um soco, e nem todo mundo gosta de receber um soco”. Ele também comentou sobre o gênero do filme, que a princípio foi divulgado como terror, mas que não se encaixa nessa classificação. Aronofsky afirmou que é difícil especificar um gênero para os seus filmes e que ele não se incomoda com as diferentes interpretações sobre “Mãe!”, a não ser quando dizem que o longa é muito “dark”.
Sobre o elenco
Jennifer Lawrence afirmou em uma entrevista que nunca precisou ir tão fundo em um personagem, e que seus esforços em cena foram tão grandes que ela rompeu o diafragma e trincou a costela. Sem dúvida, essa dedicação valeu a pena, ela está ótima no papel e o crescimento da personagem durante a história é incrível.
Javier Bardem também encarna muito bem o poeta, e nas cenas mais “agitadas” ele mostra ainda mais o seu talento. Vale destacar o trabalho de Michelle Pfeiffer, sua personagem é uma das responsáveis pela “virada” na história e ajuda a dar o clima tenso.
Afinal, o que esperar do filme?
“Mãe” é o tipo de filme que não possui uma resposta e uma interpretação única. Existem alguns assuntos abordados que são bem visíveis, como o amor e a força da mulher, mas ele oferece uma experiência a cada telespectador, que de acordo com seu histórico vai enxergar algo diferente na história. Não é um filme fácil de ser digerido, mas para quem já conhece o trabalho do Aronofsky ou curte produções mais alternativas, pode ser uma boa escolha.
Quais são suas expectativas com o filme? Compartilhem lá nos comentários!
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