Primeiras Impressões: Supergirl – 2ª temporada
A primeira temporada da Supergirl meio que demorou a encontrar o seu caminho, mas conseguiu se manter graças a um elenco carismático. Assim que resolveram assumir a série como o “lado alienígena do Universo DC”, houve uma sensível melhora no arco narrativo, mesmo mantendo as características da série da “menina que precisa encontrar o seu lugar no mundo”. Mas com a mudança do canal CBS para o CW, a casa de The Flash e Arrow, aparentemente houve uma sensível mudança no lado heroico da série. E não só nisso.
O episódio inicial da 2ª temporada continua exatamente de onde a anterior terminou, mostrando a Supergirl (Melissa Benoist) resgatando um pod espacial com um homem inconsciente dentro. Deixado no DOE com Alex (Chyler Leigh) e John, o Caçador de Marte (David Harewood), uma situação mais urgente aparece quando Lena Luthor passa a ter sua vida ameaçada e para isso a Garota de Aço recebe ajuda de seu primo famoso, o Superman (Tyler Hoechlin). Enquanto isso, Cat Grant (Calista Flockhart) e Jimmy Olsen (Mehcad Brooks) cobram uma decisão de Kara em relação a sua vida, tanto profissional, quanto pessoal.
De cara, a mudança mais clara foi o acerto da CW em continuar a série. Ela parece muito melhor encaixada ao seu público-alvo do que perdida no canal anterior, além claro das inúmeras possibilidades que se abrem. Mas o que todos nós esperávamos mesmo era a primeira aparição do Superman nesse universo. E embora ele não roube a cena (o que é ótimo, afinal a série é dela e não dele), sua química com Kara é ótima e o episódio todo nos evoca a ele. Desde a trilha heroica até a sua primeira cena salvando um avião espacial com a prima. O tom do personagem é bem leve, porém é firme quando precisa ser. Até mesmo a desculpa para ele continuar na série é algo que veríamos ele falar nos quadrinhos: “Quero aproveitar para passar um tempo com a minha família”. Um tapa de luva de pelica no Universo DC dos cinemas.
Os efeitos especiais também estão à altura do que o episódio pedia, nada ficou feio ou exagerado, tudo na medida. O elenco continua o bom trabalho da temporada anterior, e embora alguns personagens não tenham tanto destaque, como Wynn (Jeremy Jordan), comparecem com aparições pontuais.
No fim, temos um episódio recheado de referências, não só ao cânone do Superman mas também ao clássico filme de 1978, com direito à Cat Grant ficar berrando pela secretária como o Lex Luthor de Gene Hackman fazia. Com isso, Supergirl usa o exemplo do seu agora vizinho Flash, utilizando elementos dos quadrinhos para contar uma ótima história de super-heróis, voando alto para o que pode ser uma ótima temporada.