Resenha: Street Fighter Legacy
Um belo dia, vagueando pelo Youtube, me deparei com esse curta metragem chamado Street Fighter Legacy, baseado no jogo de sucesso da Capcom, e fiquei muito contente com o que vi. O curta foi realizado por Joey Ansah (o cara que por muito pouco não arrebentou com o traseiro do Matt Damon em O Ultimato Bourne), que é fã assumido da série e conta com John Foo (Tekken) como Ryu e Christian Howard como Ken, além do próprio Joey Ansah numa ponta “piscou-perdeu” como Akuma.
A proposta de Ansah foi produzir algo que respeitasse os personagens e suas características e a história da série, apagando da memória aquele carnaval que foi o filme de 94 do Van Damme e aquele lixo que foi A Lenda de Chun-li com a Kristen Kreuk. E você pode perceber que o que foi mais prezado no curta foram os detalhes. Desde o visual exagerado das sombrancelhas e o kimono puído do Ryu, até os golpes e movimentos dos personagens, ainda que eu tenha achado que a hora do Hadouken e do Shouryuken tenha ficado meio “pepa-filmes com dinheiro”, mas tá valendo. Até a música é da trilha do jogo, cedida pela Capcom.
Tudo parece ter sido feito de fã para fã de Street Fighter. O curta se dá ao luxo até de ter easter eggs, como o símbolo do Messatsu (o símbolo nas costas do Akuma) camuflado num galho de árvore e o Ken usando um cinto com o logo da Shadaloo (dicas vistas no site Nerd Maldito).
No fim, Street Fighter Legacy é uma iniciativa muito válida e é legal ver como o diretor se empenhou em produzir algo na melhor qualidade que o orçamento permitia. Agora, quero muito ver um filme ou série com esse nível de respeito, mesmo que não seja extremamente fiel ao original, assim como foram a animação Victory exibida no SBT e o longa animado. Afinal, se Mortal Kombat conseguiu e está voltando com força total, por que Street Fighter também não conseguiria?