Stargirl (1ª temporada) | Review
Impressionante como o DC Universe cumpriu sua promessa de entregar conteúdos qualificados e diversificados para os fãs da editora. Todas as suas séries fizeram sucesso entre os fãs e são únicas entre si. Mesmo a fraca segunda temporada de Titãs.
E Stargirl, a série mais recente do futuro finado streaming, consegue trazer um diferencial e ser uma série que presta uma bela homenagem aos personagens da Era de Ouro da DC.
Legado e Fidelidade às HQ’s
O principal mérito de Stargirl é não se envergonhar de ser o que é: uma série de super-heróis. E com personagens que teriam tudo para dar errado e virar piada, datados e de uma época mais simples dos quadrinhos, como o Homem-Hora e o Doutor Meia-Noite, ela dá surpreendentemente certo.
A série mostra Courtney Whitmore (Brec Bassinger) chegando a Blue Valley com sua mãe, Barbara (Amy Smart) e sua nova família, o padrasto Pat Dugan (Luke Wilson) e o filho Mike (Trae Romano). Durante a mudança para a casa nova, Courtney descobre a verdade sobre o padrasto. Que ele era um super-herói membro da antiga Sociedade da Justiça, mortos em uma batalha contra a Sociedade da Injustiça.
E ela acaba despertando o Cajado Mágico, antiga arma do Starman (Joel McHale) e assume o manto do herói e decide formar uma nova Sociedade para enfrentar uma possível ameaça à cidade.
Stargirl acerta por introduzir uma trama com um mistério cativante, que vai crescendo e envolvendo a cada episódio, sem esquecer de evoluir os personagens, com o perigo e risco iminente.
Pontos para a atuação de Bassinger que passa de adolescente birrenta para heróina e Wilson que se torna mais que um padrasto, mas um tutor para ela e para os jovens que assumem o manto dos antigos heróis: Yolanda (Yvette Monreal), a nova Pantera, Rick (Cameron Gellman), assumindo o manto do Homem-Hora original e Beth (Anjelika Washington), que se torna a Doutora Meia-Noite. Os três sendo usados para trabalhar temas mais ligados à adolescência, como vazamento de nudes e solidão. Mesmo sendo uma série de heróis, Stargirl claramente também quer abrir diálogo com o público de produtos como Riverdale e afins. E mesmo nesses casos, a série não esquece de trabalhar o desenvolvimento dos personagens em relação aos desafios que aparecem.
Os vilões também não ficam atrás no quesito atuação e Neil Jackson está sempre afiado como o Geada, o líder do grupo. Mas destaque também para o divertido Neil Hopkins como o Mestre dos Esportes.
Com produção de Geoff Johns, que criou a Sideral nos quadrinhos, a série respeita muito a sua fonte e não poupa na caracterização dos personagens. Tanto heróis como vilões são caricatos e datados, como a própria cidade que eles habitam, parece arrancada dos anos 50 para os dias atuais.
Ação na medida certa
Outro ponto que Stargirl também não decepciona são as sequências de ação. Todas as lutas são inspiradíssimas. Logo de cara a primeira cena já é um deslumbre de câmera e efeitos e, novamente, sem vergonha de usar os figurinos coloridos e super datados dos anos 50.
A ação também é usada como um crescente, mostrando a evolução dos personagens principais de desajustados até estarem totalmente alinhados no final da temporada.
Vale a pena assistir?
A série é perfeita? Claro que não, deixa a desejar em alguns aspectos, mas é bem conduzida, o suficiente para manter o interesse em continuar assistindo até o seu fim dos seus 13 episódios.
Usando de uma abordagem mais leve e divertida, Stargirl ganha por não ter vergonha de ser uma série de super heróis de uma era onde tudo era mais simples e preto e branco.
E só por apresentar personagens totalmente caricatos de um modo crível e divertido, com certeza já vale a conferida.