Crítica: Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros
Galera essa nossa crítica foi feita pela nossa colaboradora Ingrid Reis, confiram e aproveitem:
Primeira coisa a ser dita sobre Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros é que, de forma alguma, o filme é um remake do original e em nenhum momento tenta ser. A produção é uma continuação cheia de referências e que presta uma bela homenagem à Jurassic Park.
Vinte anos se passaram após o primeiro filme e um novo parque foi construído na Ilha Nublar. O famoso parque de John Hammond (personagem de Richard Attenborough) agora pertence à Simon Masrani (Irrfan Khan), é reinaugurado e já está em pleno funcionamento, a ponto de precisar de uma nova atração para chamar a atenção do público e investidores. Masrani pede para criarem algo maior e diferente, o que ele nunca poderia imaginar é que o monstro que surgiu acabaria com tudo o que ele construiu. Em meio a todo esse caos estão os irmãos Zach (Nick Robinson) e Gray (Ty Simpkins), que vão passar uns dias com sua tia, Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), no parque.
O filme possui uma pegada divertida e inteligente, utilizando um pouco de humor negro em sua narrativa e piadas referentes ao próprio Jurassic Park original, o espectador não apenas reconhecerá as referências, como também irá construir suas próprias piadas, como por exemplo, comparar o personagem de Chris Partt com o Indiana Jones e até mesmo relembrar o Guardião Galáctico interpretado por ele. A perseguição dos Dinossauros, as cenas de luta, a corrida contra o tempo, tudo se misturou muito bem com a atmosfera sorridente do filme. A produção mistura humor e momentos de tensão de uma forma muito boa e em alguns momentos é possível pensar que se está assistindo uma paródia.
Alguns acontecimentos são clichê e imprevisíveis, parte do texto é inspirado no original, mas apesar essas pequenas “falhas” não influenciam de forma ruim no filme, muito pelo contrário, o espectador fica ainda mais curioso e com os olhos grudados na tela para saber o que vai acontecer. Colin Trevorrow segue a mesma linha do primeiro, explica toda a situação do parque, todos os pormenores por trás da grande catástrofe que está prestes a acontecer. Aos poucos o parque é revelado, assim como sua beleza e atrações, o laboratório onde os dinossauros são criados, ou seja, tudo é apresentado ao público aos poucos, aguçando sua curiosidade.
Chris Pratt está ótimo e carrega com energia seu importante papel, com o carisma de sempre, o ator traz dinamismo as cenas junto com Bryce Dallas Howard que interpreta Claire. A interação dos dois é boa e existe química só no olhar. Nick Robinson e Ty Simpkins também possuem uma ótima dinâmica de irmão mais novo s irmão mais velho, um tipo de relação que evolui no decorrer do filme.
A trilha utilizada é a original criada por John Williams no primeiro filme, mas em Jurassic World, a trilha ganha novos tons pelas mãos de Michael Giacchino, como uma forma de referenciar a obrar anterior. As referências são muitas, a logo do antigo parque aparece na tela algumas vezes, o holograma do Sr. DNA também e várias outras. O uso de CGI nas imagens dos dinossauros traz uma veracidade sem limites, é possível temer e ao mesmo tempo achar algumas dessas criaturas incrivelmente fofas, além de reais, é claro. As cenas de ação são bem construídas através de bons ângulos e cortes.
Jurassic World é uma ótima experiência, talvez não agrade a todos, mas com certeza irá garantir boas risadas e um quê de nostalgia aos fãs da obra original.
Jurassic World, EUA, 2015 – 124 min.
Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Nick Robinson, Ty Simpkins, B.D. Wong, Omar Sy, Vincent D’Onofrio.
Direção: Colin Trevorrow.