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Resenha: Artista do Desastre

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O pior filme da história do cinema que ganhou aquele status de cult e que ao longo de seus quinze anos conquistou fãs pelo mundo, ganha o cinema novamente dessa vez como o Artista do Desastre, que  conta a história de Tommy Wiseau (James Franco), um sujeito misterioso, com dinheiro infinito (de origem desconhecida) e personalidade para lá de extravagante com seu melhor amigo Greg Sestero (Dave Franco), que tentam a todo custo na cidade de  Los Angeles se tornarem grandes atores. Depois de meses falhando em conseguir algo concreto, Tommy Wiseau decide fazer o próprio filme,

O filme conta os bastidores de The Room que para quem gosta, vive, sonha com os bastidores de Hollywood, trabalha na área ou é puramente um cinéfilo, o filme foi baseado no livro The Disaster Artist: My Life Inside The Room, the Greatest Bad Movie Ever Made, de Greg Sestero e Tom Bissell, a obra nos apresenta ao próprio Tommy Wiseau.

A forte presença do humor pelo absurdo se dá em razão da própria personalidade e jeito de Wiseau, brilhantemente interpretado por James Franco, que nos entrega seu melhor trabalho desde 127 Horas. Ele está verdadeiramente irreconhecível, tanto pelo excelente trabalho de maquiagem, pelos cabelos longos e pela própria interpretação, que se distancia de qualquer outro já visto, em razão do estranho jeito de falar e a própria loucura do personagem. Dessa forma, Franco habilmente sustenta toda a narrativa, ao passo que somos entretidos sempre que ele está em tela, com direito a boas risadas espontâneas.

Mas a ideia central do filme não é apenas ridicularizar a figura do “cineasta”, embora o esdrúxulo seja bastante explorado. Há camadas interessantes e temas que envolvem amizade são explorados, sobretudo na figura de Sestero, onde o Franco mais novo dá vida ao personagem de forma carismática, embora haja uma certa inocência que incomode em alguns momentos. A primeira visão que se tem do filme é a partir de Greg, que também não é um ator tão bom assim, mas que deseja crescer profissionalmente.

O desejo de fazer arte e viver dela é o que impulsiona o longa constantemente, assim como se provar, mesmo que inconscientemente, com certeza tiveram cenas ali criadas especificamente para uma boa construção de narrativa. Mesmo que a mensagem não seja positiva, pelo menos foi bem contada, tecnicamente o filme acerta todas as notas, como roteiro que e traz como ponto alto a eficiência que alterna as risadas, as vergonhas. Vale muito ir rir com esse filme e se tiver um tempinho veja também antes o The Room, se divirta com a não atuação de Tommy Wiseau.

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Aline Semensato

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