Em meio à mistérios, traições, perseguições e corridas contra o tempo, mais uma franquia literária consegue ver a sua adaptação chegar ao fim, e isso por si só já é uma vitória. Maze Runner terminou a sua corrida (desculpem, não resisti à piada) diferente de tantas adaptações de livros infanto-juvenis que começaram e não viram o seu fim, como Nárnia, Eragon e Percy Jackson. E também diferente de Jogos Vorazes, pois mesmo para um filme que foi um pouco longo demais consegue entregar um final muito mais satisfatório.
Passa-se um tempo desde que deixamos Thomas (Dylan O’Brien), Newt (Thomas Brodie-Sangster), Brenda (Rosa Salazar) e o resto do grupo de sobreviventes, mas Thomas decide partir para resgatar todos os seus amigos que foram pegos pela CRUEL. Em meio à tantas provações e traições, ele precisa decidir a quem salvar: seus amigos ou o mundo todo.
Ao mesmo tempo que isso é um ponto positivo também é um negativo: o ritmo do filme se assemelha muito ao segundo. Positivo porque ele é muito caprichado nas sequências de ação, muita câmera tremida e que te joga pra dentro da adrenalina, principalmente quando eles fogem dos chamados “cranks” (o diretor Wes Ball conduz essa ação de forma muito segura), e o filme tem um quê de Mad Max. Por favor, não pensem que estou comparando as obras, mas simplesmente o cenário desértico e árido do filme, antes claro da total contra partida dos arranha-céus da Última Cidade, me lembrou por muitas vezes o mundo pós-apocalíptico de George Miller. E negativo por que cria-se uma barriga enorme no meio do filme, que faz com que suas 2h e 22 minutos de filme pareçam bem mais.
A narrativa te prende, mesmo com alguns furos e personagens sendo introduzidos (e reintroduzidos) aos 45 minutos do segundo tempo da já inflada trama, mas quando ela falha, a ação toma o controle e e te conduz, e o filme trabalha minimamente bem o seus personagens, o bastante para que o público se importe com eles. E O’Brien sustenta bem o seu Thomas sempre heróico, mesmo diante da escolha do “bem maior” que o filme faz questão de bater. Há uma certa questão aí, pois os homens do filme estão mais preocupado em manter os laços, não importa o que custar, enquanto as mulheres, seja Brenda ou Teresa (Kaya Scoledario) estão mais preocupadas com o bem maior. O problema da CRUEL é que eles anseiam por mais do que salvar o mundo, ou pelo menos, Janson (Aidan Gillen), o que acaba transformando a empresa, e todos nela, em antagonistas. Mas estariam eles tão errados assim?
A verdade é que finais sempre deixam a desejar, são aquém de toda a história que se passou. O lado bom é que nós criamos a pós-narrativa, fica a nosso encargo acreditar que aqueles personagens vão ter o seu “final feliz”, da forma como puderem. E Maze Runner parte com um final satisfatório, mesmo que não tenha deixado a ótima impressão causada pelo primeiro filme.
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