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Valerian e a Cidade dos Mil Planetas – Um belo visual com uma história que deixa a desejar

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Luc Besson é conhecido por ótimos filmes como O Quinto Elemento, O Profissional e Lucy, que são histórias que prendem nossa atenção do começo ao fim. Infelizmente em Valerian e a Cidade dos Mil Planetas isso não acontece.

Adaptação da HQ “Valerian: O Agente Espaço-Temporal”, de Pierre Christin, Jean-Claude Mézières e Évelyne Tranlé, o filme narra a história de Valerian (Dane DeHaan –“Versos de Um Crime”)  e Laureline (Carla Delevigne “Esquadrão Suicida”), que foram uma dupla de agentes espaciais encarregados de manter a ordem em todos os territórios humanos no século 28. Por ordem do Ministro da Defesa, os dois embarcam em uma missão para a surpreendente cidade Alpha – uma metrópole em constante expansão, onde milhares de espécies de todo o universo se reúnem há séculos para compartilhar conhecimento, inteligência e cultura uns com os outros. Há um mistério no centro Alpha, forças obscuras ameaçam a pacífica existência da Cidade dos Mil Planetas e Valerian e Laureline devem correr para identificar a ameaça e proteger não só Alpha, como o futuro de todo o universo.

Veja o trailer aqui

A sequência inicial do filme é linda, mostrando a integração entre os diferentes povos da Terra no espaço e com o passar dos anos com os povos de outros planetas, tudo ao som de Space Oddity do David Bowie. O visual do longa é incrível, com belíssimos efeitos visuais que nos transportam direto pra história. Os personagens extraterrestres, tanto os de CGI quanto os de efeitos práticos, são perfeitos. Já a história não segue toda essa perfeição visual.

Não há muita profundidade nos personagens, fazendo com que a gente não se importe com eles. O filme é muito arrastado, com cenas longas e desnecessárias. DeHaan e Delevigne não têm química alguma, o que faz o relacionamento deles ser totalmente desinteressante. As cenas supostamente românticas não só são jogadas para o espectador como interrompem desnecessariamente sequências de ação. A sensação que temos é que Besson se dedicou totalmente para os efeitos especiais e deixou o roteiro de lado, escrevendo um texto genérico apenas para encaixar nos efeitos que ele visualizou.

Se você é fã de Luc Besson e esperava por um novo O Quinto Elemento, talvez se decepcione um pouco, mas não deixem de curtir pois o visual é lindo. Assistam em uma grande sala, como IMax, 4D ou XD. Curta a experiência, mas deixe a história um pouco de lado.

 

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Josi Lima

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